terça-feira, 31 de julho de 2007

Eu sou livre

“Quero que todos os homens sejam tais como também eu sou; no entanto, cada um tem de Deus o seu próprio dom; um, na verdade, de um modo; outro, de outro”. I Coríntios 7:7.

A "política atual" pode ser comparada a história de Sansão, o hebreu, e Dalila, a filistéia. Sansão, o político, Dalila, o poder político. Ela traiu Sansão, roubou sua força, deixou ele cego, pobre e nu. Muitos políticos que o digam. E não estou falando de dinheiro e bens materiais. Mesmo políticos que hoje são ricos (e por isso mesmo) pobres, cegos e nus.

sábado, 28 de julho de 2007

Misericórdia quero, não holocausto!


Com apenas uma semana de funcionamento a creche “Vivendo e Aprendendo” dá os primeiros resultados. Mais de 40 crianças estão sendo cuidadas e alimentadas durante todo o dia enquanto suas mães trabalham ou procuram empregos. A creche existe em função de uma parceria do meu gabinete, Associação de Moradores e as mães carentes do bairro Santa Inês.

Por favor, não é um trabalho eleitoreiro. É um estilo de vida. Quando iniciei em jornalismo já fazia matérias para despertar nas pessoas o desejo de ajudar o próximo. Na TV Rio Branco, apesar de todo o embate político com o governo, sempre abri espaços para que as pessoas mais pobres fossem ajudadas. Na TV o trabalho era mais amplo: direitos humanos, cidadania, assistência jurídica, alimentos, questões de saúde, abuso sexual de menores e educação.

Como disse, é um estilo de vida. Antes de ser vereador já fazia isso. Portanto, diante desse trabalho você pode ter duas atitudes: ajudar-nos. Visitar a creche. Conseguir médicos e odontólogos que as crianças precisam. Alimentos e roupas. Abrir espaços na televisão como fizeram Adaílson Oliveira, Alan e Edvaldo Souza, da TV Gazeta. Ou pode ficar se mordendo de inveja e não fazer nada. Atolado na mediocridade.

Se você não gosta de mim ou de minhas atitudes, nunca pense que a ajuda é para mim. Estará ajudando crianças e mães que são pobres e que precisam do nosso amor. Se depois de ler esse texto você ficou com mais raiva ainda seu caso é gravíssimo. Procure Deus e peça para ele curá-lo da lepra que você tem. Lepra na alma. Com certeza, ele vai ajudá-lo. Depois de limpo lembre-se que nessa vida tudo é passageiro: dinheiro, fama, poder, casa, carro...mas o amor é eterno. Vai nos acompanhar por toda eternidade. Você crer nisso?? Então ajude!

sexta-feira, 27 de julho de 2007



De 1981 para cá as coisas não mudaram muito. No Sudão milhões de pessoas estão sendo mortas pela ambição desmedida, pela intolerância política, pelo fundamentalismo religioso. Quem foi disse que saímos da idade das trevas? Do obscurantismo? O mundo continua o mesmo. Foi dado a ele apenas uma nova roupagem. Quantos bebês femininos são mortos na China? E na Índia, quantas meninas de dez, onze, doze, treze e catorze anos são vendidas pelas próprias famílias? Quantas crianças de cinco a dez anos são sequestradas e vendidas para milionários europeus e americanos abusarem sexualmente delas. Trevas! Nada mais do que trevas!

Está reclamando da vida?????????????


Qual sua maior preocupação? Onde vai ser a próxima Balada? Se você está linda(o) nas fotos do fotolog? Se o seu tênis é último modelo? Se o som do seu carro é o mais alto da galera? Se o seu cabelo está bem liso? A ta...Você odeia política. Você é "maior vibe", sente pena, faz sinal de paz nas fotos da rave, mas acha um saco ler sobre a guerra e sobre a violência, sobre trabalho escravo, sobre a fome e a pobreza né? Porque a vida é uma festa e você não quer parar né? - ACORDA! O MUNDO NÃO É ESSE PARQUE DE DIVERSÃO NÃO! Esse mundo é SEU também! FAZ A SUA PARTE, mesmo que pequena! O que me preocupa não é o GRITO dos MAUS. Mas sim o SILÊNCIO dos BONS...para e pensa ...Você tem vergonha? Tem gente que Tem FOME ...

we are: Hualdo - _Seri4l_Kill3r_ - LordX

Notas

O advogado André Hassem nunca manifestou seu desejo de se filiar ao PT. Nem em sonhos. A meu ver, está sendo usado como bucha pelo deputado Fernando Melo para afrontar o governo. A questão é óbvia: precisa de mais espaços na administração de Binho Marques. É minha a análise.

André Hassem, na minha opinião, deve apoiar a reeleição do prefeito José Ronaldo, seu tio, irmão de sua mãe, que realiza um bom trabalho em Epitaciolândia.

Atendo telefone é da presidência da Câmara Municipal me convidando para uma audiência pública, dia 31, com os deputados federais Fernando Melo (PT) e Sérgio Petecão (PMN). Fernando e Peteca vão falar de suas emendas. É justo. Comenta-se que alguns assessores do governo não querem que isto aconteça. É injusto. Todos tem o direito de se manifestarem. Na verdade a obrigação de prestarem contas de seus mandatos.

O estilo de fazer política da deputada Naluh Gouveia de bater e defender o governo ao mesmo tempo lhe rendeu uma tranqüila reeleição. Fez escola. Alguns deputados da base do governo começam a fazer o mesmo. Resta saber se vai dar certo. Com Naluh deu porque ela é verdadeira. É autêntica.

Aos poucos o governador Binho Marques vai deixando sua marca. Sem muito barulho vai realizando obras, ajudando prefeitos. Para Binho, o resultado do trabalho planejado é “fazer política”.

Se eu fosse passar a vida reclamando de quem já me magoou de alguma forma tava ferrado. Águas passadas não movem moinhos. O ditado é velho, mas o sentido continua profundo. Como dizia minha avó: “Passado é passado. Passou. Acabou. Nunca mais volta”. Portando, a bola rola para frente – como faz o Fluminense e não como o Flamengo, que joga para trás.

Alguns assessores da prefeitura só ligam quando o pau ta quebrando no espinhaço do prefeito Raimundo Angelim. Liga antes para dar bom dia. Precisam aprender com os diretores da Sensur e da Emurb, que são solícitos.

A propósito, Estefânia Pontes é integra e honesta. É impecável na condução do bem público. Também não creio que o governador Binho Marques esteja tentando impedir os deputados federais Fernando Melo e Sérgio Petecão de aparecerem na mídia.

Atenção: Se você tem empregada doméstica e não assina sua carteira, pagando um salário mínimo, vai ter mais prejuízo no futuro. Deve pegar recibo todo o mês. Também não misture o trabalho com a amizade. Patrão é patrão, empregado é empregado. Se você tem um caseiro faça à mesma coisa. Se ele levá-lo a justiça do trabalho alegando que é contratado para serviços gerais lembre que ele trabalha em uma casa e não numa empresa. Se você ajudou, deu presentes e fez algo que merece louvor fez porque quís. Não foi obrigado. Na hora da demanda judicial, nada disso entra como salário ou vencimentos. Portanto, assine logo a carteira profissional de sua doméstica ou doméstico. O FGTS não é obrigatório, é opcional. Se deseja ajudar pague a contribuição do Fundo de Garantia. É melhor e mais útil do que ficar dando sacolões, móveis antigos, roupas e coisas similares.

terça-feira, 24 de julho de 2007

Vivendo e aprendendo


Moradores do bairro Santa Inês (oriundo de uma invasão) decidiram criar a creche "Vivendo e Aprendendo", para atender as mães carentes. Muitas dessas mães são domésticas, mas não recebem um salário mínimo como garante a lei. A atitude demonstra que a comunidade pode caminhar com as próprias pernas sem depender necessariamente da prefeitura e do governo do estado.

Welcome to Acre


É PROIBIDO:

Criar gado

Plantar cana

prospecção de petróleo

Extrair madeira


É PERMITIDO:


Morar em casa de lona

Viver sem emprego

Na beira dos esgotos

E no sub-emprego

sábado, 21 de julho de 2007

O prefeito Raimundo Angelim tem dedicação exclusiva. Chega na prefeitura antes da sete e parte para os bairros para conversar com a população.
O governador Jorge Viana fazendo o que gosta: vistoriar obras. Há quem diga que ele anda inquieto por não está fazendo isso diariamente. Jorge é candidato ao Senado. Dá para acreditar?

O líder do governo na Aleac, deputado Moisés Diniz (PC do B), tenta me explicar a engenharia política de Tarauacá.


Tião Gracino (bairro Eldorado), o presidente do PSB Gabriel Maia e eu. Venha também para essa família sonhar e concretizar sonhos.

Humildade e caldo de galinha...

Quando leio nas colunas do Luís Carlos Moreira Jorge (A Gazeta) e Leonildo Rosas (Página 20), que o prefeito Raimundo Angelim – meu candidato a reeleição – não possui adversários que o possam derrotar nas urnas em 2008, fico bastante preocupado. Esta opinião, se assimilada pela Frente Popular, pode levar ao maior erro político: subestimar o adversário. O mesmo tipo de erro já foi cometido nas eleições municipais em que foram eleitos Jorge Kalume, Mauri Sérgio e Flaviano Melo. Além do mais, existe um velho provérbio bíblico: “A soberba precede a ruína; o espírito altivo a queda”. Como disse certa vez o velho Antônio Carlos Magalhães, que acaba de falecer: “Não existe um tão forte que não possa perder uma eleição; não há tão fraco que não possa ganhar uma”.

Registre-se
Publique-se
Que não se cumpra

Sobre a morte de ACM
Depois que morre todo mundo é bonzinho. Ao que consta ACM não tinha nada de bom. Se estivesse ao seu serviço era seu melhor amigo. Se saísse de perto, se tornava o pior inimigo. Fez escola também no Acre.

The end
Com o Carcará fora de combate atingido por um AVC, a prefeita de Cruzeiro do Sul, Zila Bezerra, vive seus últimos dias de glória. Ela mesma prepara a pá de cal do sepultamento da jornada política: sua administração.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Sou brasileira, não desisto nunca!


Maria Sete Filhos (mão de oito). Ela é proprietária da mansão (foto) no Belo Jardim II. Segundo a Constituição Cidadã, ela tem direito a uma moradia. Seus oito filhos à Educação, Saúde e Segurança. Comida, no caso dela, é artigo de luxo.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Pela tangente

A juíza Solange Facundes deverá ser a escolhida para galgar o posto de desembargadora na vaga de Ciro Facundo de Almeida. Solange tem uma larga folha de serviços prestados ao povo do Acre. É moderna e ousada nas opiniões. Tem a capacidade ímpar de aproximar o Poder Judiciário da população. Sem desmerecer os demais concorrentes, ela é a bola da vez.

As colunas dos jornais A Gazeta, Página 20, A Tribuna e O Rio Branco falam abertamente que a próxima eleição será marcada pela compra de votos como foi a anterior. Fico me perguntando: O que eu faria se fosse um dos juízes que compõe a Justiça Eleitoral? O combate à compra de votos depende apenas do juiz? Como punir candidatos corruptos com processos cheios de vícios? Falhos na sua concepção? Por que o sistema é tão injusto? E a legislação? Fraquinha...fraquinha. Também acho que faltam condições materiais e financeiras para inibir a compra de votos.

Faço, agora, como o Paulo de Tarso: “Falo a verdade, não minto. Testemunhando comigo no Espírito de Deus a minha própria consciência”: Em 2004 não comprei um voto se quer e recebi 2.499 votos. Em 2006 obtive 2.786 votos – 287 votos a mais que em 2004. Dos vereadores que disputaram uma vaga na Assembléia Legislativa fui o mais votado. Isto, sem comprar votos. Ou é, ou não é.

Sou testemunha de que em 2002 o empresário Narciso Mendes se elegeu deputado federal sem comprar votos. Teve quase 12 mil votos. Também não era gerente da sua televisão coisa nenhuma. Em 2004, ao que consta, também não comprou votos e teve mais de 15 mil votos. Não se elegeu por conta da compra de votos no âmbito da oposição patrocinada pelos seus próprios concorrentes. Márcio Bittar também canalizou apoio do PPS para o seu candidato a federal no Juruá. Narciso ajudava financeiramente o candidato majoritário que repassava o dinheiro para o seu próprio concorrente. É mole? Ou quer mais!? Porém, 15 mil votos ainda é uma montanha de votos.

Lá pelas bandas da TV Rio Branco quem sempre gerenciou foi à dona Liberdade e a senhora Maricilda. A Maria Liberdade, para quem conhece, aquele primor de ternura e educação suíça. Já a Maricilda guarda as finanças da TV com uma escopeta na mão. Pior do que judeu e árabe na hora de abrir o cofre.

Pela persistência e dedicação creio que a dona da Rede Boas Novas, Antônia Lúcia, venha a conquistar uma vaga de deputada federal. A fórmula é simples. Faz campanha 24 por dias. Além dos mais, tem dois componentes fundamentais para alcançar o sucesso nas urnas: tempo e dinheiro.

Ocorrendo a reeleição de José Ronaldo e as eleições de Manoel Morais e Calinhos da Acrelândia, o PSB tem tudo para fazer seu primeiro deputado federal. Resta saber se esses “futuros” prefeitos vão ser fiéis à orientação do partido.

Evandro Cordeirinho a hora ta chegando. A onça vai beber água e já antevejo duas boas iscas – como fazia o velho Bite Baiano e o Marujo– você e um gaguinho na margem do Bufeu. Como diz o Chico Frota: “é cada bicha. Umas pai d’égua mesmo”. Topas?

Ainda sobre a compra de votos, ouvi de um presidente de bairro: “Astério, ninguém compra voto de ninguém. A verdade é que todo mundo é pago para trabalhar no dia”. Com essa eu fui!


Ao que consta o prefeito de Plácido de Castro, Paulinho Almeida (PT), é um bom administrador. No social é uma Antártida.
Antônio Monteiro deverá ser candidato a deputado federal em 2010. Não é ele que quer, são os amigos que estão propondo.
Já comeu carne de mucura? Não! É uma delícia. Tem sabor de galinha caipira. Perguntem pro Cordeirinho.
O pátio do 14 Bis e adjacências está entupido de menores bebendo, usando drogas e se prostituindo aos finais de semana.
Bem que o movimento Carismático da Igreja Católica deveria lançar também um candidato a vereador.
Os espíritas, idem.
Acho que vou deixar de ser político...
Quero minha vida de volta!
Sem hipocrisia.

terça-feira, 17 de julho de 2007

Curtas

A Elenira Mendes vai fazer parte da caravana de peregrinos da Igreja Renovada que vai a Israel este ano participar da festa dos Tabernáculos. Seu marido, Davi Marques Cunha, está investindo na ida da mulher. Na próxima ele quem vai. Davi confirma a intenção de lançar Elenira candidata a vereadora em Xapuri. Não duvidem se Lula vier pedir votos para ela.
Discordo do Luís Carlos Moreira Jorge. Existem candidatos que vão ganhar a eleição ano que vem sem comprar votos. O pastor Roberto Casas, da Igreja Batista do Bosque, será um deles. Se for candidato a reeleição terei a mesma postura de eleições anteriores. NÃO COMPRO VOTOS NEM QUE A VACA TUSSA!!
O Conselho Regional de Medicina - CRM - deveria ajudar aos nossos ( a maioria é acreano de família pobre) médicos formados em Cuba e na Bolívia a regularizarem suas situações. Querer punir alguém só confirma o que a população já sabe. A quem interessar possa, Ivo Pintangui é formado em Cochabamba - BOLÍVIA. Na San Simon, uma das melhores faculdades de medicina da América Latina.

Analfabetismo no quintal de casa


A menos de 40 quilômetros da capital, em um ramal da Transacreana, existem dezenas e até centenas de crianças sem escolas. Os pais, coitados, imploram por uma palhoça e um professor que ensine a soletrar "Me a-ju-da. Es-tou com fo-me"e as quatro operações. As condições do ramal dá para perceber bem. Só anda "jeguemóvel". A quem queremos enganar? A nós mesmos? Os analfabetos não estão somente na África, na Índia, no Nepal. Estão no quintal de nossa casa. Como político e vereador com mandato me sinto frustrado e impotente. Até quando Senhor?

O nosso maior problema continua sendo o pináculo do templo. Para quem não sabe, o pináculo é o lugar em que, segundo a Bíblia e a tradição cristã, o diabo levou Jesus e ofereceu o poder. Quem está no poder geralmente só vê o próprio umbigo, as regalias, as benéces, as mordomias e se acha o máximo. No pináculo o homem é visto por todos. É o lugar da evidência e da fama.

O poder leva a soberba e ao orgulho que embriagam a alma. Uma outra característica do poder é cegar o homem para que não veja a situação de miséria humana em que vivem os seus semelhantes. Insisto! Na comunidade que visitei, às margens do Riozinho, eles só querem uma tapera coberta de palha para chamar de escola e um professor. Não estão pedindo muito! Estão?

domingo, 15 de julho de 2007

Como Jesus lidava com as mulheres

Na época de Jesus a mulher não era mais do que uma propriedade do seu marido. Este possuía servos, propriedades e a mulher. Ela era considerada pecadora e mentirosa por natureza. Seu testemunho em um julgamento era considerado de pouco valor.

Após a ressurreição, foi às mulheres que Jesus apareceu primeiro. Elas correram e contaram aos apóstolos. Mas estes não as levaram a sério. Era o testemunho de mulheres, e mulheres eram influenciáveis e pouco confiáveis. Mas Jesus confiava nelas.

Também foi para uma mulher que Jesus primeiro revelou, de modo claro, que era o Messias. Ele escolheu uma mulher, não judia e discriminada, para se revelar. Ele estava na região da Samaria, junto a um poço d’água, quando uma samaritana se aproximou deste poço a fim de retirar água.

Jesus pediu a ela um pouco de água. A mulher ficou surpresa, porque judeus não usavam copos, pratos e talheres que tivessem sido usados pelos Samaritanos ou por pagãos (pois os consideravam impuros). Mas Jesus usava, pois Ele não era prisioneiro dos preconceitos de sua época. Em troca da água Jesus ofereceu seu conhecimento e se revelou o Messias.

O que mais impressiona neste ato é que Jesus lida com a Samaritana sem preconceitos raciais, culturais ou sexuais. Ela é um ser humano, e como tal merece conhecer e viver a palavra de Deus. Jesus reconhece que o que nos separa é o preconceito e que a palavra de Deus não deve ficar prisioneira dos preconceitos. Ela é para TODOS.

Leia a interessante opinião de Aleksandr Mien (A) e depois aprenda um pouco como era a vida das mulheres naqueles tempos (B).

(A) “Para Sócrates, a mulher era um ser estúpido e enfadonho. Buda não permitia nem que seus seguidores olhassem para as mulheres. No mundo pré-cristão, as mulheres quase sempre não passavam de servas mudas, cuja vida só conhecia o trabalho extenuante e as obrigações de casa. Não é à-toa que uma oração judaica dizia: "Agradeço-te, ó Deus, por não me teres feito mulher"...

Foi Cristo quem restituiu à mulher a dignidade humana que lhe fora tirada, o direito de ter exigências espirituais. A partir dele, o lugar da mulher não se limitou mais ao lar doméstico. Por isso, no grupo dos seus seguidores mais íntimos vemos muitas mulheres, principalmente galiléias. Os Evangelhos transmitiram o nome de algumas delas: Maria Madalena, que Jesus curara de "sete demônios", Salomé, mãe de João e Tiago, Maria de Cléopas, prima ou irmã da mãe de Jesus, Suzana e Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes Antipas. As mais ricas sustentavam a pequena comunidade com seus bens, mas Jesus não queria que o papel delas se restringisse apenas a isso.
Durante visita a Jerusalém, Jesus estreitou amizade com a família de um tal de Eleazar, ou Lázaro, que vivia com as irmãs Marta e Maria em Betânia, pequena cidade da periferia da capital. Jesus gostava muito da casa deles, e para lá se retirava freqüentemente, quando queria descansar. Certa vez, estando com eles, Marta andava afobada, preparando algumas coisas para o hóspede, enquanto Maria, sentada aos pés do Mestre, escutava. Após ver isto, a irmã mais velha disse a Jesus:
- Senhor, não te importas que minha irmã me tenha deixado sozinha a fazer o serviço? Diz-lhe que me venha ajudar.
- Marta, Marta - disse-lhe Jesus - tu te preocupas e te agitas por muitas coisas. Mas uma coisa só é importante. E Maria escolheu justamente a melhor parte, que não lhe será tirada.
... Mais tarde, na hora da provação, as primeiras mulheres cristãs não abandonarão Jesus, como os discípulos homens. Elas estarão com Ele no Gólgota no momento da morte, acompanharão o seu corpo até o lugar da sepultura, e é a elas que será revelado o mistério da ressurreição em primeiro lugar.
Portanto, o Evangelho rompeu com todas as barreiras que desde sempre dividiam os homens. ..." (do livro: Jesus, Mestre de Nazaré, pág.105,106)

(B) Um pouco de história:
- Uma mulher judia sair de casa sem cobrir a cabeça era considerado ato tão ofensivo ao marido que este tinha o direito de repudiá-la e separar-se dela (sem direito algum para a esposa).
- O homem bem educado jamais poderia se encontrar a sós com uma mulher.
- Se a mulher fosse casada o homem deveria evitar olhá-la ou saudá-la.
- Um pai podia vender sua filha como escrava, após ela ter completado 12 anos. Fato pouco comum, mas que servia para manter a submissão feminina.
- As filhas tinham que ceder os principais lugares para os filhos e, inclusive, permitir que eles passassem primeiro pelas portas das casas. Em muitos lares os filhos eram incentivados a usar sua força contra as filhas a fim de irem aprendendo a dominar as mulheres.
- As mulheres não tinham acesso ao ensino religioso e eram deixadas à parte nos cultos.
Muitas outras opressões existiam contra as mulheres. Imagine a coragem de Jesus ao conversar com elas, instruí-las e tratá-las com dignidade.

" Samaritanos não eram pagãos, mas, uma vertente do judaísmo; um judaísmo gnóstico com muita coisa de mediunismo; acreditavam em *eons* que são os nossos *espíritos*; converteram-se em massa a João Batista e ao cristianismo. Samaritanos tiveram capital importância no cristianismo [fonte, BROWN, Raymond, "A Comunidade do Discípulo Amado"]." Email enviado por Paulo Dias.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Enquanto isso...

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Socorroooooooooooooooooooo!

Não consigo postar a imagem da Maria Sete Filhos.
Telefono para o Mac e ele me garante que os técnicos já estão trabalhando para normalizar a internet.
Vamos aguardar.

Para o seu conhecimento...

MARIA SETE FILHOS, MÃE DE OITO CRIANÇAS!

Maria vai a Câmara

Há alguns dias mostrei o caso da Maria Sete Filhos, que mora na rua-ramal do Macarrão, no Belo Jardim II. A Maria, que na verdade é mãe de oito filhos, mora em um barraco que está para cair na sua cabeça e de seus filhos.

Para minha surpresa, quando vou “adentrar” (palavra horrível, ridícula) ao plenário da Câmara dou de cara com a Maria sorrindo para mim. Abri também um sorriso e fui logo interpelando: _

Maria Sete Filhos que fazes aqui, mulher?

_ Seu Astério acordei com um homem dentro de casa no escuro. A princípio imaginei que não tinha nada de errado com a Maria Sete Filho em acordar a noite com um homem dentro de casa. Principalmente para quem já tem oito filhos. Mas ela mesma se apressou em tirar minha dúvida.

_ Era um cabra safado. Dei de mão a uma faca tipo peixeira e corri atrás dele. Se pego ele invadindo minha casa eu matava mesmo. Era de noite. Estava escuro. Olha seu Astério, aquele barraco velho não tem segurança nenhuma. Depois que o senhor foi lá e fez aquelas fotografias foi um pessoal da Assistência Social e perguntaram se eu era a Maria Sete Filhos. Eu disse que sim. Eles olharam meu barraco e disseram que vão me ajudar. Me deram até umas coisas para as crianças. Mas minha revolta mesmo foi não ter conseguido pegar o cabra que tava dentro da minha casa. Ele escapou por pouco. Eu ia furar ele todinho de faca. Pelas minhas crianças eu dou minha vida.

_ Disso eu sei. Fica calma Maria. Essa semana eu vou lá no ramal e a gente conversa melhor. Certo?

_ O senhor vai mesmo? _ Claro que vou. Quando a Maria desceu as escadas da Câmara fiquei pensando, ainda surpreso com a sua repentina visita. Como pode, meu Deus, uma mulher com uma imbiricica de oito filhos pequenos não ter onde morar? Quem são os pais dessas crianças? Se fosse no começo do mundo diria que ela estaria cumprindo um mandamento divino: “Crescei, multiplicai, enchei a terra”. Mas, não! Simplesmente largar de mão não dá. Ela precisa de ajuda.
Existe também outro mandamento muito maior: "Ama o teu próximo como a ti mesmo".

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Bastidores

Zeca Bestene esteve em Brasiléia no final de semana passado. Foi ao aniversário do primo, o médico Tufic Saad. Na ida passou na casa do ex-prefeito Luís Hassem, em Epitaciolândia. Conversou com André Hassem e fez o convite para que ele se filiasse ao PP. Zeca sugeriu a André que converse com Tião Flores para a definição da chapa que vai disputar com José Ronaldo (PSB).

Osmarino Amâncio deu o ar de sua graça. Apareceu discursando no domingo passado no bairro Samaúma, em Brasiléia. Para uma pequena platéia de desocupados ridicularizava a obra feita pela prefeita Leila Galvão. Segundo ele, o povo não quer praças de esportes na periferia. Quer casa e comida.

Os rebeldes do PT em Epitaciolândia, se duvidar, não elegem um vereador. Ao que parece o prefeito José Ronaldo (PSB) não está perdendo o sono. Na avaliação do deputado Delorgens Campos, o partido pode lançar uma chapa puro sangue. O mais interessante: terá o apoio da Frente Popular, do governo e de Jorge Viana. Quanto ao PT local, que faça uma auto crítica e busque o caminho da conciliação.

Várias igrejas evangélicas se preparam para lançar a campanha “Nós amamos os homossexuais, queremos que eles se convertam”. A idéia é mostrar para a sociedade que os evangélicos não fazem acepção de pessoas, de seres humanos. Todos precisam do amor de Deus. Porém, não abrem mão de não aceitar as relações sexuais ilícitas, entre elas o homossexualismo. “Amor é amor. Sexo é sexo”.

O jornalista Sílvio Martinello tinha razão. O Joseph Ratzinger começou a botar as unhas de fora. Deve ser a herança nacional socialista da sua juventude. Talvez não! Pode ser o tempo que passou como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé – novo nome da inquisição atual. Em dias conturbados (dias maus como diz a Bíblia) não será surpresa anunciar a volta das Cruzadas. Yerushalaim vamos nós!!

O jornalista Luís Carlos Moreira Jorge me telefona para dizer que a proposta de minha autoria, que prevê que permissionários dos mercados públicos possam transferir seus boxes a título de “venda do ponto comercial”, transforma os locais em mercados persas.

Discordo. Haverá critérios, a prefeitura vai ser responsável direta pela negociação. O que não vale é passar trinta anos construindo um “ponto comercial” e depois entregar pára a prefeitura de graça. Vou insistir com o projeto. Em outras cidades do Brasil a lei de locação já permite.

terça-feira, 10 de julho de 2007

A venda de pontos comerciais nos mercados públicos

Fui abordado por comerciantes do mercado Álvaro Rocha, o "Mercado do Bosque", afirmando que estão há muitos anos no local e, apesar de pagarem religiosamente a taxa de locação, não tem o direito de vender os seus pontos. "Sabemos que a prefeitura é dona dos boxes, mas o "ponto comercial" é nosso", argumentou um dos pequenos empresários. Pediram-me também que intercedesse junto ao prefeito Raimundo Angelim para quando da reforma do mercado não feche totalmente o local com tapumes. Fazer a obra por partes. Querem continuar vendendo. Dependem disso para sobreviver.
A respeito da reforma do mercado falei com o prefeito. Ele sugeriu que fizéssemos uma reunião com todos os comerciantes para discutir o assunto. Disse, inclusive, que o Wolvenar poderia fazer a apresentação da obra. Fiquei satisfeito com a disposição do nosso prefeito.
Dias depois encontro o secretário de Agricultura, o Fadel, em uma solenidade na Sensur. Parabenizei-o pelo sucesso das feiras livres que estão acontecendo nos bairros. Durante a conversa lembrei dos comerciantes que reclamaram da impossibilidade de passar a frente seus pontos comerciais.
Fadel comentou algo sobre a construção da Central de Abastecimento (Ceasa) no final da estrada da Sobral e deixou escapar que a prefeitura (foi o que entendi) poderia rever as regras dos contratos de locação permitindo a venda dos "pontos comerciais". Segundo ele, em algumas cidades a comercialização é permitida desde que 80% do valor do ponto fique com o permissionário e 20% com a municipalidade.
Diante da informação e da forma como a interpretei decidi apoiar imediatamente a reivindicação dos nosso comerciantes dos mercados públicos. Considero justo que uma pessoa que há dez ou mais anos ocupa um box nos mercados tenha o direito de receber um valor, também justo, pela venda do ponto comercial.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Gladson Cameli
A prefeita de Brasiléia. Leila Galvão (PT), através de sua assessoria informa que seu gabinete está de portas abertas para o deputado federal Gladson Cameli. Ele só precisa avisar com pelo menos três dias de antecedência sua ida, já que a sua agenda de trabalho contempla a zona rural e viagens a capital. Às vezes que Gladson foi ela, de fato, não se encontrava em Brasiléia.,

A verdade
O advogado André Hassem foi procurado por alguns petistas que romperam com o prefeito José Ronaldo (PSB), para que o mesmo se filiasse ao partido e disputasse a prefeitura. Em momento Algum André procurou o PT para se filiar. Se André me ouvisse estava de mala e cuia ao lado do prefeito José Ronaldo que é irmão de sua mãe.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Pautando

"Todos os que são a favor do aborto já nasceram". Com esse argumento o promotor Francisco Maia justificou seu posicionamento. De acordo com ele, quem tem uma experiência pessoal com Deus não tem como defender essa prática. Maia é do movimento pentencostal da igreja Católica denominado "Renovação Carismática".

A situação do deputado Gilberto Diniz (PTN) é bastante complicada no Tribunal Regional Eleitoral. Nos próximos 15 dias ele será julgado por compra de voto e abuso de poder econômico. A informação é pública no TRE. Na corte não consta apenas o nome de Diniz. Outros participantes do pleito passado também estão na fila.

O PMDB confirmou em Brasília que a prefeita de Brasiléia, Leila Galvão (PT), pode sim ser candidata a reeleição. Diante da informação, o ex-prefeito Aldemir Lopes não sairá candidato, mas vai apoiar o nome indicado pela oposição no município.

O deputado federal Henrique Afonso (PT) está conseguindo unir em torno de seu mandato evangélicos de todas as denominações. Seus posicionamentos firmes contra o aborto e a prática do homossexualismo (não contra os homossexuais) está agradando a maioria dos pastores.

O ex-deputado federal Júnior Betão está com uma garagem de venda de veículos na avenida Getúlio Vargas na altura do Big Lanche. Júnior pode ser acusado de qualquer coisa, menos de acomodado. A raça no trabalho herdou da família.

O ex-deputado Márcio Bittar deve ter algo de bom, apesar das críticas da oposição. Se não prestasse para nada -politicamente falando - não seria tão criticado estando fora de um mandato.

Assessora do deputado federal Gladson Cameli disse que por duas vezes Gladson foi a Brasiléia e não conseguiu falar com a prefeita. Segundo ela, o parlamentar foi ao município oferecer seus préstimos. Leila argüiu que tinha compromissos em Rio Branco agendados com o governador Binho Marques.

Ingenuidade ou má fé?

Evangélicas são as que mais engravidam na adolescência. Isto, segundo pesquisa da Coordenadoria da Mulher. A coordenadora, Rose Escalabrin, se apressou em corrigir a informação. Hoje a religião dessas mulheres é a evangélica, mas no passado quando engravidaram só Deus sabia.

Não creio que Rose, ao divulgar a “pesquisa” na sessão itinerante da Câmara Municipal, tenha tido a intenção deliberada de causar transtorno e vergonha aos evangélicos, que hoje servem de escárnio e deboche por toda a cidade. Já não posso dizer o mesmo de outras pessoas que trabalham na administração municipal.

O escárnio e o deboche de que falo é verdadeiro. Quem assistiu a um programa de televisão matinal teve a oportunidade de ver o nível de deboche a que a comunidade evangélica em Rio Branco e adjacências foi submetida. Um verdadeiro vexame público com direito a peçonha e tudo mais.

A propósito, as portas da Igreja Renovada, Rua América, Nova Estação, estão escancaradas a todos os homossexuais, bissexuais, travestis e simpatizantes. Lá não se faz acepção de pessoas. Todos que ali chegam são amados e respeitados. O amor que predomina é o Ágape.

Evandro Cordeirinho informa em sua coluna “Off”, no jornal O Rio Branco, que serei candidato a prefeito de Brasiléia em 2012. Menos Evandro, menos. Estou pensando em apear do cavalo mais cedo que você pensa. Só para te lembrar: O gaguinho do Chico Frota manda te dizer que as onças que estão vindo da Bolívia já mataram oito bezerros e comeram outro tanto de porcos. A BR-364 não é tua praia. O Noaia te espera.

Hoje (agora são 02h30min da madrugada), o governador Binho Marques, passa o dia em Brasiléia inaugurando obras com a prefeita Leila Galvão. Binho participa também da abertura dos jogos escolares.

Cobrar propina na Bolívia é quase institucional. Desde que me entendo por gente ali na fronteira que brasileiros são extorquidos. O problema é que “propina” na Bolívia é o mesmo que a “gorjeta” no Brasil. Alguns restaurantes em cidades como La Paz, Santa Cruz e Cochabamba tem uma caixinha em forma de cofre com a inscrição: “propina” para os fregueses colocarem uns trocados.

Assisti ao julgamento do TER sobre a denúncia de compra de votos na eleição passada e tirei duas conclusões: O advogado Emílson Brasil não nasceu para fazer milagres e o desembargador Arquilau de Castro Mela conhece de política mais do que todos os magistrados acreanos. Na verdade, conhece os meandros da política.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Destinos entrelaçados

Em 1978 estava com 17 anos. Minha mãe dizia em casa que “um homem sem trabalho é um sujeito à toa, portanto, vá procurar trabalho”. Fui. Encontrei. Como auxiliar de escritório do advogado Ciro Facundo de Almeida, que ficava no alto da Acrevelinda, espaço ocupado hoje pelo banco Itaú. Foi meu primeiro emprego.

O advogado Zé de Souza, irmão de dona Noemi, esposa do doutor Ciro, também trabalhava no escritório. Aliás, ele praticamente administrava a banca. Tratava das causas Cíveis. Ciro Facundo, assessor jurídico do extinto Banacre, era o “homem dos tribunais”. Com um poder de convencimento invejável atuava com maestria em um tribunal de júri.

No mesmo ano o doutor Ciro foi convidado para ser candidato a deputado federal pela Aliança Renovadora Nacional (Arena). Eu ainda nem votava, mas participei da campanha. Antes, porém, fui falar com a minha mãe. Disse a ela que o patrão seria candidato, mas tinha um sério problema: Ele era da Arena. Da famigerada Arena que eu crescera desprezando.

Vinha de uma família tradicionalíssima do PTB/MDB de Brasiléia. Meu pai tinha sido preso no dia 25 de setembro de 1964 em Xapuri pelo satanás em pessoa, o capitão Cerqueira filho. Acusação: contra-revolucionário. As casas de meus avós - no seringal Carmem, colocação Cachoeira e na cidade -, haviam sido invadidas à noite pelo Exército em busca de armas e munição que, segundo as informações da época, seriam utilizadas pela contra-revolução. A acusação era verdadeira. Anos mais tarde minha mãe confessou que passou a noite com meus tios jogando fuzis e balas no rio Acre ao saber da prisão de meu pai.

Zé Augusto deposto. Brizola bradava do Rio Grande do Sul pela rádio Guaíba antes de fugir para o Uruguai insuflando o povo a lutar contra a revolução. Os getulistas do Acre iam ao delírio. Meu pai, um deles. Para prendê-lo o capitão Cerqueira levou o juiz a tiracolo no avião para Xapuri, onde se encontrava meu pai no Banco da Borracha. “Vou desfilar com o Astério Moreira algemado pelas ruas de Brasiléia”, gritava o medíocre capitão, içado ao posto de governador pela revolução.

Um insignificante capitão, quando em todo o Brasil havia a determinação de que os governos estaduais deveriam ser ocupados por coronéis ou patentes ainda mais superiores. Um capitãozinho de nada que havia humilhado a Assembléia Legislativa do Acre. Fui crescendo com essa indignação.

Como poderia ir trabalhar na campanha de alguém que seria candidato pela Arena? Como uma pessoa tão educada, gentil, honesta, um bom patrão, poderia ser candidato pela Arena? Se os da Arena eram os opressores? Vou ter que pedir as contas. Relatei o caso para minha mãe. Lá se vai meu emprego.

Não se preocupe. Se for esse o problema já está resolvido. Você vai ajudar o doutor Ciro Facundo na campanha dele. Mas, mãe.... Não tem, mas. Escute meu filho. Existem dois tipos de homens no mundo. Os bons e os maus. Eles estão em qualquer lugar. No Exército e fora dele; na Arena e no MDB. Já sofri muito por causa de política. Perdemos o Rolando (prefeito de Brasiléia morto em um comício em 62), seus tios estão todos marcados de tiros, seu pai não morreu porque estava na hora certa no lugar certo: trabalhando, portanto, vá trabalhar.

Ajudei modestamente na campanha do doutor Ciro Facundo até em função da minha pouca idade. Fiquei triste porque na época ele perdeu para o Almícar de Queiroz, que tinha muito dinheiro. A minha alegria veio ao ouvir na velha rádio Guaíba, do Rio Grande, a voz de Paulo Brossard: “Esta é a resposta do povo brasileiro ao regime dos generais”. A oposição havia dado um banho nas urnas no regime militar naquele ano.

Doe minha mãe aprendi uma grande lição: “Não se mata por idéias”. Matar é só matar. Com o passar dos anos conheci amigos da infância e da juventude de meu pai. Muitos dos quais militantes políticos da Arena. A vida os encaminhou para que cumprissem seus destinos. O tempo passou. A maioria já se foi. Bons amigos, solidários em momentos difíceis de nossas vidas.

O que guardamos nas mentes e nos corações são suas histórias de lutas. Nessa guerra não há perdedores. Todos venceram porque encontraram na maturidade a tolerância, o respeito mútuo e a boa convivência. O tempo da intolerância, da brutalidade ficou para trás. Pelo menos entre nós que nos olhamos nos olhos todos os dias.

Quanto ao meu patrão, o doutor Ciro Facundo, tive que deixá-lo para ir estudar fora. Ele se tornou juiz, desembargador e agora, aos 70, se aposenta. Continua o mesmo homem de uma integridade moral a ser copiada por todos nós. Para ele, com certeza, a vida está apenas começando principalmente na política. Talvez tenha chegado a hora de ser candidato novamente. Um Cearense de seu calibre nunca entrega os pontos.

P.S, revolução com “r” minúsculo mesmo.




terça-feira, 3 de julho de 2007

Eleições ou festival de compra de votos?

A partir das eleições de 2002 comecei – como apresentador do programa Bom Dia Rio Branco –, a investir no combate a compra de votos. Além dos comentários que costumava fazer, criei um espaço para a Justiça Eleitoral dialogar com a sociedade. Convidei a juíza Solange Fagundes que, na ocasião, era juíza da propaganda eleitoral na cidade.

Toda quarta-feira pela manhã lá estava à juíza aconselhando e orientando os eleitores: “Não vendam suas consciências”. “Aprendam a escolher seus representantes pela história de luta e pelo exemplo”. Muitas vezes abria os telefones para a participação do público. Acontecia uma enxurrada de telefonemas com denúncias de compra de votos e abuso de poder econômico em eleições passadas.

Recordo muito bem que pautei por diversas vezes a equipe do Bom Dia para cobrir o programa “Eleitor do Futuro”. Perdi as contas das vezes que a desembargadora Eva Evangelista, presidente do TRE na ocasião, deu entrevistas. Entrevistamos também vários alunos comentando o programa, afinal de contas, eles são os eleitores do futuro.

Sempre fiz esse gesto como cidadão. De minha parte não havia interesse particular a ser defendido. Não estava defendendo mandato. Me sentia na obrigação de fazê-lo, já que a maioria dos esquemas de compra de voto se dão com dinheiro público. Bons candidatos que nunca chegaram a ser eleitos e que poderiam estar servindo a comunidade foram esmagados por essa prática abominável.

Durante a última campanha concorri para deputado estadual e obtive 2.786 votos limpos, cristalinos e transparentes para minha alegria. Fiquei como segundo suplente do PSB. Recebi mais votos do que três deputados que estão hoje na Assembléia Legislativa: Donald Fernandes (PPS), Luís Calisto (PDT) e Gilberto Diniz (PTN).

Diante da enxurrada de compra de votos que se deu na eleição, me senti satisfeito com o resultado. Poderia ter conseguido mais votos? Acho que sim! Nos três últimos dias que antecederam as eleições, começou a chegar pessoas na minha casa falando das listas com 100, 70, 50, 48, 30, 20, 15 e 10 eleitores. Gente que eu nunca tinha visto na minha vida. Me recusei conscientemente a entrar nessa onda mesmo sabendo que as chances de vencer a eleição cairiam substancialmente. Pensei: “Não faz mal perder a eleição. Melhor assim”.

O leilão eleitoral foi aberto com valores que variavam de R$ 20, R$ 30, R$ 50 e R$ 100 reais. “Meu irmão não faço campanha assim”. “Meu amigo (a) eu não compro votos”. “Pelo amor de Deus, tira esse negócio de lista daqui. A Polícia Federal vai prender todo mundo. Saiam já daqui”. Foram dias nervosos. Sábado à noite, que antecede o pleito, mais parecia festa de final de ano com tanta gente acordada nos bairros. Eram os cabos eleitorais transportando dinheiro.

Depois da eleição um amigo que conseguiu que seu deputado federal ganhasse me disse numa tentativa desnecessária de consolo: “Astério essa eleição não foi a do dinheiro. Foi a do muito dinheiro. Não tinha como você ganhar”. Ainda depois da eleição, tinha deputado eleito pagando os votos obtidos através de listas lá no bairro Sobral.

Na TV Rio Branco no programa que criei, o Bom Dia Rio Branco, já combatia frontalmente a compra de votos. Na Câmara, antes das eleições, consegui a aprovação de uma sessão para discutir “O Voto Ético”.

Depois da eleição, digo, do festival de compra de votos, consegui a aprovação de outra sessão com o tema “A compra de votos e o papel da Justiça Eleitoral”, com as presenças dos juízes Solange Fagundes e Welington, do TRE. O que foi discutido daria uma tese de mestrado. Não houve repercussão na imprensa. A censura é tão nociva quanto à compra de votos.

Vou propor novamente um debate sobre a compra de votos. Qual o papel da Justiça Eleitoral? como torná-la mais célere? dos Partidos, dos candidatos? Que são os maiores interessados. No início de agosto (o recesso está às portas) a Câmara Municipal vai tratar do tema. Temos essa obrigação porque somos uma Casa de leis e uma Casa política.

domingo, 1 de julho de 2007

Algumas considerações sobre a compra de votos

Depois das eleições de 2004 disse a uma pessoa que nunca mais na vida sentaria na mesa (politicamente falando) com as mesmas pessoas que tinham administrado a prefeitura de Rio Branco e liderado a oposição na Câmara Municipal. Fui mal interpretado!

Disse que: “Ainda que me custasse o mandato e uma carreira política me sentia na obrigação moral de apoiar na Câmara a administração do prefeito Raimundo Angelim (PT) que havia ajudado a derrotar em 2000”. Contrariei interesses pessoais!

Vejo, hoje, pessoas que ajudaram à oposição nesse Estado usando os mesmos argumentos que utilizei em 2004. Apenas antevi a carnificina política dentro dos partidos de oposição e o massacre que a compra de votos faria em algumas lideranças que mereciam, pela história de luta apesar da falta de ternura, estarem representando o povo do Acre. Vale lembrar que a compra de votos também se deu no âmbito da oposição.

Não comprei votos, não compro nem comprarei ainda que me custe o mandato. As favas com mandato, minha alma e minha liberdade são mais importantes. Não fui não sou e nunca vou ser escravo de mandato político. Dizer que não me senti prejudicado pela compra de votos é negar a verdade.

Diante da enxurrada de compra de votos só me restou sentar na curva do rio e assistir impassível à deformidade do sistema político eleitoral. Por conta disso, não derramo uma lágrima. “Luzes da Ribalta”.

O que se espera do Tribunal Regional Eleitoral? RIGOR com os criminosos. Do contrário, estaremos fadados ao fracasso moral. Que dirão, pois, os eleitores do futuro? Nossos pais eram venais. Vendiam e compravam votos. A política naquela época era um mar de lama. Uma pouca vergonha! Não quero isso para minha vida. Estou fora.

Às vezes sinto no fundo do coração que tenho algo em comum com o advogado Luís Saraiva e o professor Marcos Afonso.

Nós jornalistas (não a imprensa) estamos sendo incompetentes na abordagem da compra de votos. Das duas uma: ou pela falta de compromisso ou pela apatia que toma conta de todos quando achamos que as coisas não mudam. Onde estão as entrelinhas? Os comentários? Os debates (não monólogos) na televisão? As enquetes com a população? O povo precisa ser envolvido nessa campanha cívica. O MP, os juízes, as instituições. O problema é que alguns estão preocupados apenas com a própria gordura. A própria banha.

Ao que parece, só existe uma voz clamando no deserto. Vamos deixar acontecer tudo de novo ano que vem? Ressuscitem os ideais de Castro Alves. Existem muitos escravos a serem libertos. Escravos da pobreza, da ignorância, da ruína moral que a compra de votos gera. Só há um meio de combatê-la (a compra de votos) fazendo JUSTIÇA!

A propósito, orava pela madrugada há cerca de três dias quando Deus me levou a liberar perdão. De novo, Senhor? Questionei! De novo, meu filho. Vamos! Começa a liberar perdão novamente. Quando terminei pensei que estava flutuando sobre a cidade de Rio Branco. Como é bom voar nas asas do Espírito.