segunda-feira, 9 de junho de 2008

Cada um deve levar a sua cruz

Dois homens iam por uma longa estrada, a estrada da vida, carregando cada um uma cruz. Era o destino. Carregar a cruz. Porém, um deles caminhava serenamente apesar do peso, da dor e do sofrimento. O outro reclamava, murmurava, xingava e resolveu cortar um pedaço da cruz para diminuir o sofrimento. Ao caminhar um pouco mais voltou a sentir novamente o peso da cruz e cortou mais um pedaço. Até que sentiu um alívio momentâneo. E foram embora pela estrada da vida. O que tinha cortado a cruz andou mais rápido, apressou o passo para chegar ao fim antes do seu companheiro.
Entretanto, na estrada da vida tinham muitos obstáculos. Subidas íngremes, descidas, pedras no caminho, areias movediças, vales e montanhas. O que caminhava na frente, com a cruz mais leve, foi o primeiro a descobrir o abismo que precisava ser atravessado. Teve a idéia de colocar a cruz que havia cortado para passar por cima dela. Mas, descobriu com muita tristeza que não dava. Havia ficada curta demais e a cruz caiu despenhadeiro abaixo. O que vinha mais atrás suportando todo o peso da sua cruz chegou e colocou a cruz sobre o abismo e passou serenamente. No fim da estrada havia um prêmio para quem chegasse com a sua cruz: a vida eterna no paraíso.

O monge e o escorpião

Monge e discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas.O monge correu pela margem do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão.

Quando o trazia para fora, o bichinho o picou e, devido à dor, o homem deixou-o cair novamente no rio.Foi então à margem, tomou um ramo de árvore, adiantou-se outra vez a correr pela margem, entrou no rio, colheu o escorpião e o salvou.

Voltou o monge e juntou-se aos discípulos na estrada. Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados

Mestre, deve estar doendo muito! Por que foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda! Picou a mão que o salvara! Não merecia sua compaixão!

O monge ouviu tranqüilamente os comentários e respondeu: Ele agiu conforme sua natureza e eu, de acordo com a minha.

OS 3 ÚLTIMOS DESEJOS DE ALEXANDRE O GRANDE

Quando à beira da morte, Alexandre convocou os seus generais e relatou seus 3 últimos desejos:

1 - que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época;

2 - que fosse espalhado no caminho até seu túmulo os seus tesouros conquistados (prata, ouro, pedras preciosas...); e

3 - que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.

Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, perguntou a Alexandre quais as razões e Alexandre explicou:

1 - Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles NÃO têm poder de cura perante a morte;

2 - Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem;

3 - Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos.

sábado, 7 de junho de 2008

Traição Marcante

Uma amiga ligou recomendando um paciente que estava encaminhando: Roberto, cuida bem dele, viu? Ele chegou serio, negro alto, bonito e logo de cara soltou: “Sou homossexual, gosto e gozo. Mas quero mudar”. Fiquei meio reticente com aquela declaração e expliquei a ele como funciona a psicossíntese e que não faz parte do método interferir na vontade expressa do cliente, mas acima de tudo fortalecê-lo para que chegue ao seu objetivo.

Ao longo das sessões ele foi viajando no passado e trouxe lembranças difíceis de serem lidadas. A mãe engravidara de um namorado que desapareceu e nunca mais deu noticia. A avó, para fugir da vergonha de expor uma “filha perdida” levou-a para a fazenda e como castigo sujeitou-a às tarefas mais desagradáveis da lida diária. A criança nasceu e sua mãe continuou ali como empregada, não usufruindo dos direitos de filha.

Ele já estava com cinco anos mais ou menos e sua mãe desempenhava uma das tarefas que menos gostava: tomar conta das crianças enquanto brincavam no quintal da casa. Eram em torno de seis crianças, um deles escondia um objeto e os outros procuravam. Ele estava ganhando todas, descobria sempre antes dos outros e quando chegou sua vez de esconder o objeto, sua mãe chamou para entrarem e acabar a brincadeira. Protesto geral das crianças e ele disse à mãe que só entrariam quando a brincadeira acabasse, antes não. A mãe então, com um sorriso, disse “tudo bem”, chamou uma das menininhas que estavam brincando e, ao ouvido da garota, disse onde o filho tinha escondido a prenda. Atônito ele viu sua mãe, uma mulher, se unir a outra mulher e o trair. Sua mãe o traiu aliada a outra mulher.

O mecanismo de defesa do Ego agiu rápido e, inconscientemente a ele, jogou este fato dolorido bem fundo no inconsciente para lá ficar e nunca mais ser retomado. Alguns minutos depois ele já “esquecera” do episodio e brincava normalmente com seus companheiros.

A reação do superego veio depois, pois sempre em que uma garota estava no meio da brincadeira ele, sem saber por que, se esquivava e saia. Com o tempo ele passou a, sistematicamente, evitar toda brincadeira que tivesse a participação de uma garota que fosse, algo que não chega a ser anormal em meio aos meninos. A adolescência veio e ele descobriu o apoio dos amigos de escola, com eles descobriu o sexo e as relações homossexuais passaram a ser normais entre eles até chegar ao ponto de ele não querer mais saber de mulheres por perto. Morou dois anos com um namorado, evitava contato com garotas, por mais superficial que fosse, ate o dia em que conheceu a que o trouxe ao meu consultório. Passou a sentir por ela um sentimento conflitante que por vezes dava prazer, mas que tantas outras trouxe-lhe náuseas e ânsias de vomito. Não queria mais ficar perto dela, mas quando não a via ficava depressivo. As vezes pensava que era amor, outras sentia asco e esse conflito o estava enlouquecendo. Se pudesse ele ficaria com ela, mas sentia que algo o impedia de fazer o que ele mais queria no momento, toma-la nos braços e cobri-la de beijos.

Quando ele verbalizou a estória e tomou consciência deste episodio da traição de sua mãe, ficou claro que ele transferia esse sentimento, inconscientemente, a todas as mulheres que se aproximavam dele e a repulsa, a reticência que originalmente ele tinha pelo ato de sua mãe, era também transferido a todas elas, mesmo que inocentes desse ato, e com isso ele se afastava, se sentia aliviado com essa fuga e buscava o apoio de outros homens, que na verdade nunca o haviam traído.

Muitas vezes encontrar a causa de um problema é fácil, a dificuldade maior esta em superá-la, resolve-la, arrancá-la do coração e com isso ficar livre de suas conseqüências, na maior parte das vezes, nefastas. A reaproximação com as mulheres deveria se dar, em primeiro lugar com sua mãe. Ele admitiu que não tinha contrato físico com ela, e a tarefa mais difícil veio ao saber que teria que procurá-la, contar a verdade, o que o levou com isto a restabelecer os laços afetivos que se quebraram naquele distante dia da infância.

Foi difícil para ele, mas sentou-se ao lado da mãe e contou tudo, desde a estória da traição até a postura que ele assumira em conseqüência do fato. A revelação levou ambos a um longo e dolorosos choro, pedidos de perdão, abraços, beijos e, pela primeira vez, ele sentiu prazer em abraçar sua mãe, uma mulher.

O principio do trauma havia sido quebrado, destruído. O processo seguinte foi o estabelecimento de uma decisão tomada por ele, sem interferências diretas externas, rumo a uma masculinidade que estava escondida. Menos de dois anos depois do inicio do tratamento ele se casava com minha amiga e, não somente para mim, mas para todos os convidados, davam, desde a cerimônia, uma certeza de que lutariam para preservar e manter aquele amor que os motivou a reagir e enfrentar as dificuldades da mudança radical empreendida.

Roberto Dantas

domingo, 1 de junho de 2008

A Terra em alerta
O planeta esquenta e a catástrofe é iminente. Mas existe solução

Ondas de calor inéditas. Furacões avassaladores. Secas intermináveis onde antes havia água em abundância. Enchentes devastadoras. Extinção de milhares de espécies de animais e plantas. Incêndios florestais. Derretimento dos pólos. E toda a sorte de desastres naturais que fogem ao controle humano.

Há décadas, pesquisadores alertavam que o planeta sentiria no futuro o impacto do descuido do homem com o ambiente. Na virada do milênio, os avisos já não eram mais necessários – as catástrofes causadas pelo aquecimento global se tornaram realidades presentes em todos os continentes do mundo. O desafios passaram a ser dois: se adaptar à iminência de novos e mais dramáticos desastres naturais; e buscar soluções para amenizar o impacto do fenômeno.

Em tempos de aquecimento planetário, uma nova entidade internacional tomou as páginas de jornais e revistas de toda a Terra – o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), criado pela ONU para buscar consenso internacional sobre o assunto. Seus aguardados relatórios ganharam destaque por trazer as principais causas do problema, e apontar para possíveis caminhos que podem reverter alguns pontos do quadro.

Em 2007, o painel escreveu e divulgou três textos. No primeiro, de fevereiro, o IPCC responsabilizou a atividade humana pelo aquecimento global – algo que sempre se soube, mas nunca tinha sido confirmado por uma organização deste porte. Advertiu também que, mantido o crescimento atual dos níveis de poluição da atmosfera, a temperatura média do planeta subirá 4 graus até o fim do século. O relatório seguinte, apresentado em abril, tratou do potencial catastrófico do fenômeno e concluiu que ele poderá provocar extinções em massa, elevação dos oceanos e devastação em áreas costeiras.

A surpresa veio no terceiro documento da ONU, divulgado em maio. Em linhas gerais, ele diz o seguinte: se o homem causou o problema, pode também resolvê-lo. E por um preço relativamente modesto – pouco mais de 0,12% do produto interno bruto mundial por ano até 2030. Embora contestado por ambientalistas e ONGs verdes, o número merece atenção.

O 0,12% do PIB mundial seria gasto tanto pelos governos, para financiar o desenvolvimento de tecnologias limpas, como pelos consumidores, que precisariam mudar alguns de seus hábitos. O objetivo final? Reduzir as emissões de gases do efeito estufa, que impede a dissipação do calor e esquenta a atmosfera.

O aquecimento global não será contido apenas com a publicação dos relatórios do IPCC. Nem com sua conclusão de que não sai tão caro reduzir as emissões de gases. Apesar de serem bons pontos de partida para balizar as ações, os documentos não têm o poder de obrigar uma ou outra nação a tomar providências. Para a obtenção de resultados significativos, o esforço de redução da poluição precisa ser global. O fracasso do Tratado de Kioto, ao qual os Estados Unidos, os maiores emissores de CO2 do mundo, não aderiram, ilustra os problemas colocados diante das tentativas de conter o aquecimento global. (Fonte: vejaonline)

Rio Acre, o rio da minha vida!
Praia do Adolfo - Brasiléia Para ir para a casa de meus avós maternos na colocação Cachoeira, seringal Carmem, tinhamos que passar pela praia do Adolfo. O bosque a frente foi palco de uma das maiores tragédias da aviação no Acre. Um monomotor caiu explodindo e matando dr. Cleto, José Cordeiro, Júlio Gutierrez. Acidente ocorrido na década de 70.
A rua das Palmeiras - Brasiléia
Minha mãe contava que o homem que plantou essas palmeiras, patriarca da família Kairala, dizia enquanto as plantava: "Depois que eu morrer enquanto essas palmeiras existirem alguém vai lembrar de mim".