terça-feira, 23 de outubro de 2007

Trânsito no Brasil mata mais do que a guerra no Iraque!!

Charles Batista deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Instrutor diz: Radares não dimuníram violência no ...": ACIDENTES DE TRÂNSITO CONSOMEM 1.3% DO PIB BRASILEIRO

A pesquisa “Impactos Sociais e Econômicos dos Acidentes de Transito nas Rodovias Brasileiras”, promovido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, em parceria como Departamento Nacional de Transito – DENATRAN, nos coloca novamente frente a uma triste realidade: o elevado número de acidentes de trânsito nas rodovias brasileiras.
Este estudo calcula cientificamente todos os custos da acidentalidade e sinistralidade brasileira nas rodovias federais. Assim, temos os seguintes custos médios: acidentes de transito sem vitimas: R$ 3,3 mil – acidentes com feridos: R$ 15.5 mil. E pasmem: acidentes com mortes em pista de rodovia R$ 144.5 mil. Estima-se que nas rodovias brasileiras aconteçam 300 acidentes/dia, com envolvimento de 1.200 pessoas. Com este montante e custos, está o transito presente no PIB brasileiro gastando 1.3% de seu total em despesas circunstanciais ao acidente e perda de produtividade. O custo anual dos acidentes de transito é representado pela cifra de R$ 22 bilhões (dez/05).
A anatomia do acidente levantada na pesquisa está circunstanciada as pessoas, ao veiculo, a via e o ambiente, o aparato institucional e os aspectos sócio ambientais. Trata de uma obra de leitura obrigatória a todos aqueles que se envolvem no tema trânsito. Um dado positivo é elencado, ou seja: de 2004 para 2005 diminuíram os acidentes em 2.4% entretanto, negativamente, o numero de mortes subiu em 2.3% (10.416 óbitos em 2005).
Como educador, preocupa-me o paradoxo destes dados, possuímos um dos seis melhores e mais completos Códigos de Transito do mundo. A educação e a cultura estão presentes, o transito é enfocado como um produto de educação e porque não conseguimos consolidar esta nova cultura? Outras pesquisas dão conta que a causa principal dos acidentes é a velocidade e a imprudência. As multas como valor punitivo não esta mais fazendo o efeito psicológico que delas se espera, afinal o que esta acontecendo com a cabeça de nossos motoristas? Até quando vamos deter estes tristes recordes?

3 comentários:

Anônimo disse...

Caro Vereador,

Todos nós sabemos que são muitas as vítimas de trânsito na nação brasileira, em razão de uma séria de questões também já conhecidas por nós, os custos calculados com esses acidentes são os mais variados como já foram citados na postagem feita pelo Charles Batista, além disso não podemos esquecer de todas as consequências e transtornos aos familiares das vítimas desses acidentes, pois muitas vítimas ficam impossibilitadas de andarem, ficam com sequelas emocionais e físicas terríveis. É fácil constatar esses fatos, pois são noticiados, são registrados nos prontos socorros. Os custos dos serviços de sáude são altíssimos com essas vítimas que ficam com sequelas, sem falar dos traumas emocianais causados aos familiares pelas vítimas fatais, existem muitos outros custos que são considerados. Por outro lado, dificilmente a genter ver um condutor de veículo sendo preso por causar mortes no trânsito, pois os crimes são classificados como culposo, é um ABSURDO! Precisamos nos mover numa grande corrente para pressionar o poder público, a sociedade, as famílias vitimadas e a todos nós para nos alertarmos e conscientizarmos quanto as sequelas, quantos aos traumas e todas as demais consequências dos acidentes de trânsito, fazendo audiências públicas nas escolas, igregas, associações de bairros, etc., temos que fazer alguma coisa, tomar atitudes que tragam resultados urgentes, senão continuaremos convivendo com esses altos índices de mortes no trânsito brasileiro. Lemos que a principal causa de acidentes de trânsito é a velocidade, eu fico refletindo sobre esta questão e acabo não entendendo algumas coisas, pois nesses dias estava falando com algumas pessoas sobre a questão do poder público aceitar que os veículos fabricados ou montados no Brasil, já sejam vendidos dentro da ilegalidade, ou seja, já sejam vendidos burlando a legislação, então vejamos, o Código de Trânsito Brasileiro-CTB limita a velocidade máxima dos veículos em rodovias, estrada, etc., em 110km/h, mas nós compramos os veículos nas concessionárias que alcançam a velocidade de mais de 200km/h, alguns modelos até 300km/h, isso é um dos motivos que leva os maus condutores a causarem mortes e acidentes, pois quando no volante eles são incentivados, são motivados a desafiar a velocidade. Agora uma PERGUNTA BÁSICA: PORQUE AINDA O PODER PÚBLICO OU UMA INSTITUIÇÃO QUALQUER RESPONSÁVEL PERANTE A SOCIEDADE NÃO ENTROU COM AÇÃO PROIBINDO ESSA FABRICAÇÃO DE VEÍCULOS IRREGULARES E LIMITANDO A VELOCIDADE DOS VEÍCULOS FABRICADOS DENTRO DA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA?. Conversando ainda ontem com um mecânico sobre acidentes de trânsito, ele me colocou a seguinte questão: porque que os freios dos veículos não são todos ABS em vez de a disco, pois estes são mais propícios a causarem acidentes, não são tão seguros na hora da frenagem, os freios ABS são mais seguros, aqui vemos coisas simples que poderiam evitar alguns acidentes, então porque não se toma a iniciativa de corrigir. Mediante tudo isso, notamos que algumas medidas, que considero simples, poderiam ser tomadas para evitar acidentes, com certeza existem muitas outras dessas medidas simples, por isso, devemos nos unir como sociedade para colaborar e ao mesmo tempo pressionar o poder público a tomar atitudes que venham a minimizar os índices de acidentes no trânsito.

Cordialmente,

MAURILHO DA COSTA SILVA
maurilho.silva@hotmail.com

Anônimo disse...

Concordo totalmente com o Maurilho

Anônimo disse...

Enquanto todos os motoristas brasileiros não entenderem que estão manuseando uma arma, não há lei que impeça as quebras de recorde. Enquanto as pessoas não entenderem que podem matar e machucar, famílias continuarão sofrendo com as perdas e vítimas com seqüelas. Se é a partir do bolso que se aprende a respeitar o outro, então, que venham as multas de, no mínimo, dois mil reais.