domingo, 6 de janeiro de 2008

O ranço na comida, na política e no jornalismo!

Desde menino que ouço minha mãe, minhas irmãs, tias e avós reclamarem do ranço. Do óleo rançoso, da manteiga rançosa, em fim, de qualquer comida rançosa. É um gosto intragável. Ruim mesmo.

Pois bem, o ranço, como quase tudo na vida que expressa gosto ou sabor, é transportado para as emoções, para os sentimentos. Ninguém gosta de pessoa rançosa. Também confundida com rancorosa, cheia de ira. Pessoa intragável. De sentimento ruim. Que deseja o mal ao seu próximo. Que tem, na maioria das vezes, inveja.

O que dizer também do ranço na política? Existe e tem intoxicado a alma de muita gente. O ranço é pior do que o amargo. O amargo ainda é suportável, mas o rançoso sempre quer vingança gerada pelo “ódio sem causa”. O amargo pode ainda ser temperado com novas idéias e ser transformado em uma saborosa comida. O rançoso não.

E no jornalismo? O ranço no jornalismo? O ranço nos comentários de um programa ou nas entrelinhas de um texto. Esse é intragável mesmo. Uma matéria rançosa expressa a alma de quem a fez, do rançoso. Assim como a comida rançosa é jogada fora, qualquer produção jornalística com ranço tem endereço certo: o cesto de lixo!

Nenhum comentário: