sábado, 2 de junho de 2007

Bode expiatório

Existe uma tendência na natureza humana para responsabilizar alguém pelos pecados, pelas culpas, pelos fracassos e pelas derrotas. Segundo a Bíblia, quando Deus confrontou Adão porque o havia desobedecido e comido do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, o primeiro homem foi logo dizendo: "Senhor! a mulher que Tu me deste me fez comer o fruto". Pronto! de lá para cá, ou seja, uns seis mil anos mais ou menos, o ser humano vem sempre repetindo a mesma história: "foi o fulano"; "foi o beltrano"; "foi o cicrano"; "foi o capeta"; "foi a bebida"; "foi a droga"; “foi o meu pai”, “a minha mãe”, “a minha irmã”, “a minha avó”...etc...etc...etc...
Responsabilizar alguém por perder uma eleição é a mesma coisa. Dizer, por exemplo: "Perdi porque compraram votos e não comprei". Essa é a desculpa mais esfarrapada que já ouvi. Ganhei duas eleições para vereador (uma em Brasiléia e outra em Rio Branco) sem comprar um voto se quer. Existem inúmeros fatores que levam um candidato a ganhar ou a perder uma eleição entre as quais organização, competência, estratégias, imagem, ideologia e recursos. Entretanto, considero uma das mais importantes à motivação. O que nos motiva a ser candidatos, a querer um mandato? Servir? Melhorar de vida financeiramente? Querer poder? Fazer o mal para alguém? Sim! Conheço pessoas que afirmam literalmente: "Vou ser candidato (a) para acabar com o fulano. Para tirar votos dele. Para que ele não se eleja. Existe também a nobreza no caráter: quero ser eleito para servir a minha comunidade. Para ajudar as pessoas. Para fazer justiça, equidade. Apesar de parecer contrário, mas os que verdadeiramente triunfam são os que buscam na vida pública os ideais de justiça. Podemos perder uma eleição e sair ganhando e ganhar uma eleição e sair perdendo. Basta olhar para muitos dos ex - no Acre para ver que a vida é muito mais que um mandato, muito mais que o poder efêmero. Há dois mil anos um homem foi para o deserto. Lugar de escassez, de fome, de sequidão, de estio. Ao final, Ele preferiu uma cruz ao pináculo de um templo onde teria todo o poder deste mundo.
Tudo que é oferecido no pináculo é morte, mas o que brota de uma cruz é vida!!

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