Acabo de chegar de Cobija; da Corte de Justiça. Minha irmã foi ouvida pelo MP e pelo juiz que determinou sua imediata soltura da Casa de Custódia em Villa Busch. Tudo foi devidamente esclarecido. Saiu de lá ansiosa para abraçar seus filhos Miguel (um ano e meio), Alexandre (cinco anos) e falar com a filha Diana (18 anos que estuda medicina em Santa Cruz de La Sierra). A moça alvejada com o tiro também está bem e prestou depoimento isentando minha irmã no caso. Ela reconhece também que errou.
Foram dias de muitas lágrimas. Choramos bastante. Muito mesmo. Não temos a índole de criminosos, de assassinos, de homicidas. Na hora em que minha irmã fez sua defesa perante a Corte de Justiça até o juiz marejou os olhos de lágrimas quando ela disse no perfeito espanhol que "aprendeu a salvar vidas diariamente no hospital e não a tirá-las". Apesar dos dias maus, aprendemos e descobrimos muitas coisas e a principal foi a de que nós nos amamos profunda e intensamente. Nos redescobrimos como família. Nos abraçamos e sofremos juntos. Ela fez aniversário ontem, 19 de novembro. Nasceu para uma nova vida cheia de esperança e de paz.
Me surpreendeu o tratamento dado pela polícia e pelas autoridades bolivanas. Fomos tratados com presteza e fidalguia. O Conculado brasileiro em Cobija, o delegado de Polícia de Brasiléia foram impecáveis no apoio. Somos eternamente gratos ao secretário Antônio Monteiro, ao senador Tião Viana e a todos os amigos que estiveram ao nosso lado nesse momento difícil. Ao apóstolo Afif Arão e a Igreja Renovada pelas orações e pelo amor manifestado. Também amamos vocês. Está registrado em nosso coração por toda a eternidade.
Graça e Paz!
Nenhum comentário:
Postar um comentário