Escuta-me!!!

Astério, por que nom te callas?

Você fica falando o tempo todo que “passado é passado e não volta nunca mais”. Pois é, você viu o estrago que fez ao não controlar suas emoções. Ao ficar aborrecido com as duras palavras do jornalista contra você no Ac24horas. Não é você que fica falando na televisão que a Bíblia diz que a “palavra dura suscita a ira e a branda desvia o furor?”. E agora meu amigo? Você se enfureceu e viu o estrago que fez? Tá vendo as feridas sangrando? Está vendo um montão de gente magoada e ferida com você? Algumas até te odiando?

Me lembro que desde que você nasceu que tua mãe te dizia: “quem muito se abaixa o fundo aparece”. Por que nom te callas? Eu não te ensinei que você tem uma só boca e duas orelhas para ter que ouvir mais do que falar. Tem coisas que outros podem falar a vontade, mas você não! Na tua boca alguns assuntos são proibidos. Ninguém gosta de ter o passado revolvido. Eu te ensinei que “quem vai passando e se mete em questão alheia e como pegar um cão bravo pelas orelhas”.

Eu te ensinei também a não confiar em todo mundo. Não te disse “seja prudente como as serpentes”. Também te e ensinei a não responder críticas a não alimentar o monstro da crítica. Ele vai se alimentando cada vez mais e engordando e destilando ódio. E agora? Perdi tempo com você, te ajudei, te instruí, moldei o teu caráter em poucas palavras você destrói tudo. Lembra que eu te disse também que iam esconder as tuas virtudes e expor teus defeitos, tuas falhas. Lembra que eu falei que a alma gosta de cobrar aquilo que ela não consegue ser?

Quem começou tudo não foi você mesmo, quando escreveu umas besteiras para a Tribuna achando que era o máximo. Que estava abafando? E mais: com a arrogância em achar que estava ajudando alguém. Explique-me agora qual a necessidade de tudo isso? A justiça não pode ser aplicada a sua maneira, mas a minha. Por que nom te callas? Agora vem se humilhando e dizendo Senhor me socorre! Ajuda-me! Estou cercado de inimigos! Todos me odeiam! Estou só e cercado de inimigos? Estou no fundo de um abismo? Ai Senhor, o príncipe da Pérsia se levantou contra mim. Ajuda-me!

Reclamas que são dias de angústia, de perseguição, dias de vergonha. Que me apresse em socorrer-te. Me buscas na aflição. Pois bem, Astério, vais fazer o que te mandei. Calla-te! Vai ajudar a creche do Santa Inês, do Aírton Sena, do Montanhês, as crianças carentes da academia do Luís Sérgio. Vai ajudar os necessitados, os famintos, aos angustiados de espírito, leva a minha palavra aos que estão em trevas, aos alcoólatras, aos drogados, aos enfermos. Aos que estão com câncer. Sente a dor deles, de todos os que se acham desamparados. Sofre com eles e esquece o fulano, o beltrano e os cicranos...

Tem te faltado o pão? Andas nu, por acaso? Achas que foram os homens que te deram esse efêmero mandato de vereador que te oprime e te angustia? Podes mudar com a tua força o destino? Sabes por acaso o dia em que vou te tirar dessa carcaça chamada corpo humano? Não, não sabes de nada! Portanto, te callas! E ouves a minha voz! Queres ajudar quem não precisa de ajuda. Deixa a vida seguir o seu curso. Dentro em pouco essa geração será ceifada como a erva que murcha. Nada disso terá mais valor. Vou de devolver a paz, mas calla-te. De hoje em diante só fales o que eu mandar. Escolhe, pois a vida!

Anônimo

Não me chames de Anônimo, não gosto, porque EU SOU!