sexta-feira, 6 de março de 2009

Uma vida que valeu a pena
"Enfim livre, enfim livre! Graças a Deus Todo-Poderoso, sou finalmente livre!"Em seu último sermão para o mundo, na igreja de Ebenézer, Atlanta, na qual era pastor, Martin Luther King Jr. uniu este sonho à sua própria morte:
"Frequentemente eu penso naquilo que é denomina­dor comum e derradeiro da vida: nessa alguma coisa que costumamos chamar de 'morte'. Frequentemente penso em minha própria morte e em meu funeral, mas não em senti­do angustiante. Frequentemente pergunto a mim mesmo o que gostaria que fosse dito então, eu deixo aqui com vo­cês, esta manhã, a resposta...Se vocês estiverem ao meu lado, quando eu encontrar meu dia, lembrem-se de que não quero um longo funeral. E se conseguirem alguém para fazer o "discurso fúnebre", digam-lhe para não falar muito. Digam-lhe para não men­cionar que eu tenho um Prémio Nobel da Paz: isto não é importante! Digam-lhe para não mencionar que eu tenho trezentos ou quatrocentos prémios: isto não é importante!Eu gostaria que alguém mencionasse aquele dia em que Martin Luther King tentou dar a vida a serviço dos outros.Eu gostaria que alguém mencionasse o dia em que Mar­tin Luther King tentou amar alguém.Quero que digam que eu tentei ser direito e caminhar ao lado do próximo.Quero que vocês possam mencionar o dia em que tentei vestir o mendigo, tentei visitar os que estavam na prisão, tentei amar e servir a humanidade.Sim, se quiserem dizer algo, digam que eu fui um arauto: um arauto da justiça, um arauto da paz, um arauto do direito.Todas as outras coisas triviais não têm importância. Não quero deixar atrás nenhum dinheiro.Eu só quero deixar atrás uma vida de dedicação!E isto é tudo o que eu tenho a dizer:Se eu puder ajudar alguém a seguir adianteSe eu puder animar alguém com uma cançãoSe eu puder mostrar a alguém o caminho certoSe eu puder cumprir meu dever cristãoSe eu puder levar a salvação para alguémSe eu puder divulgar a mensagem que o Senhor deixou...então, minha vida não terá sido em vão.
"Martin Luther King foi assassinado em 4 de abril de 1968.Fonte: Kletner, Edgar A. - Vidas Notáveis, Ed.Globo.
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