Uma pizza tamanho
família!
Quase sempre, no
Brasil, as CPI’s, instrumento constitucional do Legislativo para apurar
corrupção e outra mazelas do sistema, são corruptas desde a sua origem. A Lava
Jato provou o que já se sabia: que as CPI’s do Congresso Nacional (Câmara e
Senado) foram utilizadas para tomar dinheiro, favorecer grupos econômicos,
chantagear o governo, mas no final do processo ninguém é punido. (ou pelo menos
não era).
O bordão de que “toda
CPI acaba em pizza” surgiu no futebol e não na política. Tudo começou na sede
do Palmeiras com uma disputa interna entre os brasilianos. O jornalista Milton
Peruzzi, que cobria a confusão estampou a manchete da Gazeta Esportiva do dia
seguinte: “Crise no Palmeiras termina em pizza”. Os italianos briguentos foram
para uma pizzaria fazer as pazes.
Que CPI acaba em pizza
veio para a política durante o processo de impeachment do presidente Fernando
Collor de Melo que, por ironia do destino, não acabou em pizza. Segundo
registros da Câmara dos Deputados, a secretária de Alcides Diniz, Sandra
Fernandes de Oliveira desmontou a farsa da Operação Uruguai tramada por Collor
e sua gangue. Sandra disse que forjou os documentos, mas quando soube o
objetivo queria depor de qualquer maneira:
_ Sei que estou me
arriscando muito, mas sei também que tudo vai terminar em pizza.
_ Como assim vai acabar
em pizza?
_ É porque acaba todo
mundo numa boa, tomando chope, comendo pizza e não sei mais o quê, fica tudo bem,
respondeu Sandra ao deputado fluminense Miro Teixeira (PDT).
Pois bem, diante do
protocolo inicial vamos ao que interessa. A Câmara de Rio Branco criou uma CPI
para investigar a relação prefeitura e empresas de transporte coletivos. De um
lado vereadores de oposição e do doutro perfilados vereadores da base e sindicalistas.
_ Uai! Exclamaria um
amigo mineiro de Ponte Nova, Oeste de Minas. Que trem doido é esse, sô?! E não
era para os sindicalistas estarem do outro lado?
_ Era, mas não era.
Para o prefeito, sua
base e os sindicalistas não há motivo para a CPI porque a transparência na
relação é total e não há, se quer, denúncia de irregularidades. Eles acreditam,
por exemplo, que a CPI é palanque político e os vereadores da oposição querem
projetar suas candidaturas a deputado estadual para 2018. O tema é de fácil
apelo popular, principalmente em função do reajuste para R$ 3,80.
Os vereadores da
oposição garantem que não. Que o objetivo é investigar a fundo a questão em
busca da verdade. Se não há o que esconder os demais vereadores e sindicalistas
deveriam apoiar. O Temor de uma retaliação das empresas é falácia, argumenta os
opositores.
Nesse jogo do disse-me-disse
fico com a opinião da Sandra Fernandes. Pode acabar na Água na Boca. Sei que
vai render questionamentos, muitas reportagens, muito blá, blá, blá...
Entretabnto, no frigir
dos ovos, as empresas vão continuar ganhando seu lucro, os políticos se dando
bem na política e o povo...bem o povo vai continuar andando de ônibus e pagando
caro. Sofrendo como sempre sofreu. Comendo fatias de pizza vencidas em
lanchonetes quando sobra alguns trocados, se tiver os R$ 20 centavos de troco.
Só fico matutando que a
CPI do Collor não terminou em pizza na Câmara, mas sim no STF onde ele foi
totalmente absolvido dos mais de 20 processos de corrupção, restaurado a
condição de ex-presidente da república. A propósito, o senador Collor está
atolado de corpo, alma e espírito em corrupção investigada pela Lava Jato.
Esse país é ou não é
uma grande pizza família? Quanto as brigas no
Palmeiras perguntem para o colega Jósimo de Souza. Torço pelo Fluminense e nem
de pizza eu gosto!!!
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