terça-feira, 28 de março de 2017

Os três cavaleiros (cavalheiros também) e a dama de ouro da FPA

O processo político de 2018 capitaneado pelo governador Tião Viana (PT) terá quatro nomes no tabuleiro que disputarão as "prévias" do PT para o governo.  A regra é simples: cada candidato deve se viabilizar dentro das forças políticas que compõem a Frente Popular.

Comecemos pela dama de ouro Nazaré Araújo Lambert. É advogada, procuradora jurídica do Estado, filha do ex-governador José Augusto de Araújo e da ex-deputada federal, Maria Lúcia de Araújo. Discreta, mas eficiente em todas as missões que o governador Tião Viana lhe confiou. É de extrema confiança. Competência não lhe falta.

O prefeito Marcus Alexandre dispensa apresentações. Já passou pelas urnas duas vezes e se deu muito bem. É o preferido de seguimentos do PT e da FPA. Também do senador Jorge Viana. Lidera qualquer pesquisa de opinião pública na capital.

O secretário de Segurança Pública Emilson Farias, segundo fonte palacianas, é o preferido do governador Tião Viana. Sua competência, integridade e lealdade não se discute. Atua na área mais sensível do governo. Em tempos de muita violência tem a árdua missão de mudar esse quadro dantesco pintado pelas facções criminosas. Pode crescer muito e se tornar competitivo.

O líder do governo na Assembleia, deputado Daniel Zem, seria o segundo em ordem de preferência do Palácio Rio Branco. Também é advogado e foi secretário estadual de Educação. Qualificado a toda prova. Consta que o seguimento majoritário do PT o apoia também.

O governo, o PT e a FPA tem pressa na definição do nome. Dos quatro um vai enfrentar o provável candidato da oposição, o senador Gladson Cameli (PP). O tabuleiro está posto, os dados foram lançados.

Façam suas apostas, senhores!

Como diz o Silvio Santos:

_ Roda a roda Jequiti

sexta-feira, 24 de março de 2017

Humildade e canja de galinha não faz mal a ninguém!

Recorro aqui ao velho chavão para alertar novos prefeitos e secretários há quase três meses nos cargos. O poder é efêmero, passageiro. Pode se traduzir popularmente também como "o mundo é redondo", ou "dor de barriga não só dá uma vez".

Biblicamente falando (para os que gostam) também existe respaldo para orientar o governante, o administrador e os secretários municipais a serem mais humildes e a tratarem as pessoas com o devido respeito e dignidade.

 "A soberba precede a ruína e o espírito arrogante vem antes da queda" (Prov. 16:18).  Não duvidem, isso funciona. É milenar. 

Vejo ex-prefeitos e ex-secretários que a pouco tempo mal pisavam no chão andando com cara de bundões pelas ruas das cidades.  Esmolando um aperto de mão, um olhar e um bom dia. Outros nem de casa saem. A não ser para a zona rural. Descobriram tardiamente que dinheiro não é tudo. Que o poder é hoje e não amanhã

A maioria dos prefeitos não disputou a reeleição. Não porque não quiseram. Mas porque dificilmente venceriam tal o desgaste. A crise foi só desculpa esfarrapada. Mentiram, tripudiaram, humilharam, roubaram, enxotaram partidos, aliados e desprezaram os verdadeiros amigos. 

Geralmente quem ascende ao pode fica cego. Cheio de si, orgulhoso, soberbo. Acha que pode tudo. Não, não pode!  A história já provou e está provando que, DAS COLUNAS SOCIAIS PARA AS PÁGINAS POLICIAIS, à distância é mínima. 

Temos casos no Acre. Porém, o mais emblemático no momento é o do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e sua mulher, advogada Adriana Anselmo. Da ilusão do poder para a cadeia! 












quinta-feira, 23 de março de 2017

Sindicato do crime vai ao STF

(ou) 

Precisamos de um super-herói!

Quem viu a cena da posse do novo ministro do STF, Alexandre de Morais, ficou estarrecido com a presença do Sindicato do Crime dentro de uma das instituições mais importantes do país.

Não bastasse a patuscada publica envolvendo o ministro Gilmar Mendes e o procurador-Geral da República Rodrigo Janot, por conta dos vazamentos das delações, os convivas do Senado e da Câmara eram todos envolvidos na Lava Jato.

Me lembrei de quando criança. Queríamos brincar de fazer um filme de faroeste, mas ninguém queria ser bandido ou índio. Todos, sem exceção, eram heróis. O herói nunca morria, salvava a mocinha e ainda ganhava um beijo de presente. O herói era movido por ideal de justiça.

Cresci e vejo que as coisas se inverteram. Todos querem ser bandidos na vida real desde que possa encher os bolsos de dinheiro não importando a origem. Do adolescente que idealiza ser mais um Fernandinho Beira-Mar, chefe de facção criminosa ou comandante do tráfico na sua região ao bem formado que faz carreira executiva ou política.

Ver os que pagaram propinas presos e os que as receberam soltos festejando a posse de um ministro dentro do STF foi muito constrangedor. Nem Pablo Escobar foi tão longe! (Nas devidas proporções, é claro).

Precisamos de um Eliot Ness que acabou com a raça do mafioso Alcapone na Chicago dos anos 30. Ele era movido por honestidade e bravura e agia, até onde se sabe, dentro da lei. Ao que parece, não é o caso. Os Ness brasileiros que se apresentaram são movidos por outras virtudes que não as de Eliot. Antes de tudo um herói quer cumprir o dever para o bem de todos e não atrair holofotes e glórias para si. Os louros, a fama é só consequência.



terça-feira, 21 de março de 2017

Uma pizza tamanho família!

Quase sempre, no Brasil, as CPI’s, instrumento constitucional do Legislativo para apurar corrupção e outra mazelas do sistema, são corruptas desde a sua origem. A Lava Jato provou o que já se sabia: que as CPI’s do Congresso Nacional (Câmara e Senado) foram utilizadas para tomar dinheiro, favorecer grupos econômicos, chantagear o governo, mas no final do processo ninguém é punido. (ou pelo menos não era).

O bordão de que “toda CPI acaba em pizza” surgiu no futebol e não na política. Tudo começou na sede do Palmeiras com uma disputa interna entre os brasilianos. O jornalista Milton Peruzzi, que cobria a confusão estampou a manchete da Gazeta Esportiva do dia seguinte: “Crise no Palmeiras termina em pizza”. Os italianos briguentos foram para uma pizzaria fazer as pazes.

Que CPI acaba em pizza veio para a política durante o processo de impeachment do presidente Fernando Collor de Melo que, por ironia do destino, não acabou em pizza. Segundo registros da Câmara dos Deputados, a secretária de Alcides Diniz, Sandra Fernandes de Oliveira desmontou a farsa da Operação Uruguai tramada por Collor e sua gangue. Sandra disse que forjou os documentos, mas quando soube o objetivo queria depor de qualquer maneira:

­ _ Sei que estou me arriscando muito, mas sei também que tudo vai terminar em pizza. ­

_ Como assim vai acabar em pizza?

_ É porque acaba todo mundo numa boa, tomando chope, comendo pizza e não sei mais o quê, fica tudo bem, respondeu Sandra ao deputado fluminense Miro Teixeira (PDT).
Pois bem, diante do protocolo inicial vamos ao que interessa. A Câmara de Rio Branco criou uma CPI para investigar a relação prefeitura e empresas de transporte coletivos. De um lado vereadores de oposição e do doutro perfilados vereadores da base e sindicalistas.

_ Uai! Exclamaria um amigo mineiro de Ponte Nova, Oeste de Minas. Que trem doido é esse, sô?! E não era para os sindicalistas estarem do outro lado?

_ Era, mas não era.

Para o prefeito, sua base e os sindicalistas não há motivo para a CPI porque a transparência na relação é total e não há, se quer, denúncia de irregularidades. Eles acreditam, por exemplo, que a CPI é palanque político e os vereadores da oposição querem projetar suas candidaturas a deputado estadual para 2018. O tema é de fácil apelo popular, principalmente em função do reajuste para R$ 3,80.

Os vereadores da oposição garantem que não. Que o objetivo é investigar a fundo a questão em busca da verdade. Se não há o que esconder os demais vereadores e sindicalistas deveriam apoiar. O Temor de uma retaliação das empresas é falácia, argumenta os opositores.

Nesse jogo do disse-me-disse fico com a opinião da Sandra Fernandes. Pode acabar na Água na Boca. Sei que vai render questionamentos, muitas reportagens, muito blá, blá, blá...
Entretabnto, no frigir dos ovos, as empresas vão continuar ganhando seu lucro, os políticos se dando bem na política e o povo...bem o povo vai continuar andando de ônibus e pagando caro. Sofrendo como sempre sofreu. Comendo fatias de pizza vencidas em lanchonetes quando sobra alguns trocados, se tiver os R$ 20 centavos de troco.

Só fico matutando que a CPI do Collor não terminou em pizza na Câmara, mas sim no STF onde ele foi totalmente absolvido dos mais de 20 processos de corrupção, restaurado a condição de ex-presidente da república. A propósito, o senador Collor está atolado de corpo, alma e espírito em corrupção investigada pela Lava Jato.

Esse país é ou não é uma grande pizza família? Quanto as brigas no Palmeiras perguntem para o colega Jósimo de Souza. Torço pelo Fluminense e nem de pizza eu gosto!!! 

sexta-feira, 17 de março de 2017

Cientistas descobrem nova espécie: O “homo políticus corruptus brasílis

O naturalista inglês Charles Darwin revolucionou o mundo com a sua teoria “A Origens das Espécies” (1859). A grosso modo não é o mais forte que sobrevive, mas sim o que melhor se adapta as mudanças do ambiente hostil do planeta. A seleção das espécies também se dá pelo sexo. Recentemente foi descoberta uma nova espécie no Brasil: o “Homo políticus corruptos brasilis”.

Eles vivem em um ambiente muito hostil chamado Brasília. Estão acuados pela Operação Lava Jato. São alguns senadores e deputados federais da velha oligarquia política brasileira. Notadamente do Nordeste, Minas, São Paulo, Rio de janeiro, com ramificações no Sul e no Norte.  

Querem fazer uma reforma política para sobreviver a tempestade das urnas que ocorrerá em 2018. Isto, segundo o sistema meteorológico da Procuradoria da República. A tal da tempestade perfeita.

Mudar o ambiente para garantir a sobrevivência da espécie sempre foi uma das alternativas dos mamíferos que desceram das copas. Fazer essa reforma política urgente para escapar da morte política certa ano que vem é a única alternativa do “homo políticus corruptos brasilis”.  

A ideia é brilhante, maquiavélica: o eleitor votaria na legenda do partido contendo uma lista de nomes: advinha quem encabeçaria a lista? “Pense homem, reflita”, dizia minha mãe. _ Claro, eles mesmo, o Renan, o Eunício, o Geddel, o Padilha, o Rodrigo Maia, o Aécio, o Collor o Serra e mais de 200 da lista do Janot. _ Seu Astério, eles não querem largar o osso, exclama dona Ilda da feira da Ceasa.

Os cientista descobriram também que o “homo corruptus brasilis” pretende criar um grande fundo de recursos para que outra espécie considerada inferior o “homo eleitores-burros” deposite dinheiro para que dividam entre todos eles. E, assim, vivam felizes para sempre como na história da Branca de Neve. (nem cabia a Branca de Neve aqui!!). É que me lembrei dos sete anões do orçamento que também eram da mesma espécie.

Segundo Darwin, a seleção natural se dá pelo sexo. O “homo courrupto brasílis” que evoluiu do “homo eleitores burros”, gosta muito de sexo. O único problema é que a com a Lava Jato nos calcanhares eles não conseguem erguer o pingolim. Quem sabe pode ser o fim!

Astério Moreira
Jornalista