A campanha eleitoral me obrigou a andar muito por todo o interior do Estado levando minha mensagem.

Por onde passo, seja na conversa individual com alguém, reunião familiar ou em um grande comício, digo que "não votem em mim apenas porque sou evangélico, mas porque tenho sido um bom vereador em Rio Branco".

Estou entre os que mais trabalharam com reivindicações, projetos de leis, requerimentos, indicações e projetos de resoluções em benefício da cidade.

Nunca usei e não uso a igreja que congrego, a Renovada, com motivação eleitoral. Nesse período de campanha deixei de frequentar os cultos para não expor a vida dos nossos líderes e discípulos. Para que a igreja não seja alvo de denúncias infundadas. Para proteger os apóstolos Arão e Dayse, pastores, líderes de células e discípulos. Sofro muito com isso. Há um preço a ser pago!

Entretanto, não nego que peço votos aos irmãos. Aos líderes e aos fiéis. Que analisem meu mandato, minha vida e minha luta em defesa da família e da vida. Dos valores cristãos tão necessários a reconstrução do caráter humano em meio a uma sociedade apodrecida, permissiva e egoísta. 

Não falo apenas de valores cristãos. Quando defendo creches, escolas, segurança, saúde, renda, trabalho, respeito ao idoso estou defendendo a família e a vida.

Sempre inicio uma conversa, discurso ou pronunciamento afirmando que, "EU NÃO COMPRO VOTOS", "NÃO FAÇO LISTAS". Venho orientando constantemente as pessoas que me apoiam que não façam besteiras para me prejudicar.

Prefiro enfrentar o insucesso nas urnas do que a vergonha de ser flagrado comprando votos. Só de imaginar tenho pavor. Seria o fim. Reconheço que não sou perfeito, mas procuro fazer de tudo para evitar qualquer desrespeito a lei eleitoral.

Nós candidatos somos pressionados diariamente pelos eleitores que sempre apresentam suas necessidades. A esses respondo sempre:

_ Meus amigos vocês me conhecem. Sabem que não posso ajudá-los nesse momento. Dá-lhes um prato de comida configura crime eleitoral. Me ajudem a ser um político diferente em quem vocês possam  confiar. Fazer caridade, amar as pessoas e cuidar delas é a essência do cristianismo mas nesse momento é crime eleitoral. 

O próprio Jesus, e principalmente Ele, saberia diferenciar amor ao próximo verdadeiro da politicagem assistencialista que, infelizmente, permeia a  nossa sociedade.

O que escrevo, escrevo! Este blog é um memorial. Da minha vida, do meu trabalho e das minhas campanhas eleitorais. Leiam! Analisem! Julguem e votem consciente. Porém, não busquem em mim a perfeição. Não vão encontrar. Porque ela só existe em Deus.

Eu prefiro não julgar a ninguém. Muitos menos criticar, ou condenar. Quem sou eu...? _ Aquele entre vós que nunca pecou que atire a primeira pedra. Ninguém te condenou? Tão pouco eu te condeno. Vai  e não voltes a pecar.

Creio que é possível construir um processo eleitoral saudável. Justo. Mandatos éticos e produtivos, mas para isso é necessário mudar regras, normas, leis que forçam a todos a serem hipócritas em uma sociedade mais hipócrita ainda.

Se alguns evangélicos estão sendo flagrados em crimes eleitorais são subprodutos de uma política distorcida, monstruosamente deformada, que nos foi imposta no passado por aqueles que diziam que a "política é do diabo" apenas para nos enganar e ganhar nossos votos.

Hoje temos todos os direitos, dentro do campo da ética e da justiça, de buscar  nossos espaços na estrutura de poder através da política. Afinal de contas, também pagamos impostos, moramos em favelas, sofremos com a falta de segurança, saúde e educação de qualidade.

Nós evangélicos almejamos um país justo, que proteja e garanta direitos e oportunidades iguais a todos os seus cidadãos.