Um velho amigo
Fazia tempo que uma morte não me abalava tanto. O assassinato do Pinté, em Acrelândia, de forma brutal e covarde me deixou revoltado. Antes de existir Acrelândia fui chefe do Pinté na extinta Colonacre. Aliás, foi nessa época que iniciamos a derrubada da mata (60 hectáres) para começar a construção da cidade.
Eu, ele, Juary, Nogueirinha, Murilo, Osvaldo (o Bega), Valmir e outros sobrevivemos a um período de muita violência no Projeto Redenção, primeira e segundo etapa (hoje Acrelândia). Lidávamos com assassinatos semanalmente entre os migrantes que traziam rixas do Matogrosso, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
O Pinté permaneceu na região. Viu Acrelândia florescer e se desenvolver. Tinha um bom caráter. Não andava metido em rolos, dívidas ou algo parecido. Era correto. Perder a vida assim me deixou muito triste. Que seus assassinos sejam identificados, presos, julgados, condenados e que apodreçam na cadeia.
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