quarta-feira, 1 de abril de 2009

Crise ecômica atinge prefeituras do Acre (fonte: jornal A Tribuna)

Prefeitos acreanos reunidos na manhá de ontem, 31, na Associação dos Municípios do Acre- Amac, avaliam como "muito grave" a crise econômica que vem ocasionando a redução dos recursos oriundos do Fundo de Participação do Município - FPM.

Segundo o presidente da Amac, prefeito Raimundo Angelim (PT), O FPM vem caindo drásticamente a cada mês. Em janeiro o corte do FPM foi de 2.6%; em fevereiro, o contingenciamento foi muito mais elevado, chegando a 14.7%, prejudicando seriamente os municípios acreanos.

Angelim informou, ainda, que março fechou com queda de 16%.“A situação é preocupante. Os municípios estão fazendo reajustes nas suas contas de custeios e manutenção", alerta. Segundo ele, o mais preocupante é que 57,3% de toda a renda dos pequenos municípios brasileiros são provenientes do FPM.

No Acre a situação é mais grave. Isto porque a maioria das cidades são pequenas e dependem unicamente dos repasses do governo federal. "Municípios menores que Rio Branco, a capital, estão sendo mais penalizados.", explica.

Disse que a perda de Rio Branco nos últimos dois meses de contingenciamento foi de aproximado a R$ 2,7 milhões.“Em março, foi R$ 1,7 milhão a menos. A tendência, na sua avaliação, é que em abril a situação piore ainda mais em função da decisão do governo federal em reduzir ainda mais o Imposto Sobre Produtos Industrializados - IPI e ter modificado a aliquota do Imposto de Renda.

Redução de contratos provisórios.

Os prefeitos de Sena Madureira e de Manoel Urbano, Nilson Areal e Manuel Almeida, sustentam que devem reduzir o número de contratos provisórios caso a crise econômica continue pondo em risco a funcionalidade de seus municípios.

Em Rio Branco, novos concursados devem esperar

Para suportar essa crise econômica, Angelim disse que os prefeitos têm feito a “lição de casa”. De acordo com o presidente da Amac, os administradores municipais estão cortando os custos de manutenção e reduzindo as despesas que podem ser feitas sem interferir drasticamente no desenvolvimento da cidade.

“Agora, chega um momento em que não há o que cortar, porque nós temos que manter os serviços essenciais, que são saúde, educação, a manutenção mínima das vias, pagamento dos servidores públicos”, disse.

Raimundo Angelim anunciou durante a reunião que não deve contratar de imediato os novos concursados.“Nós vamos agora suspender as contratações dos concursados até a gente ver a luz no fim do túnel. Não vai ter problema, porque o concurso é renovável por mais dois anos. Momentaneamente, eu vou paralisar as contratações em função dessa crise”, adiantou. (fonte: jornal A Tribuna).

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