domingo, 24 de fevereiro de 2008

E ainda a tanta coisa a fazer pelo Acre!

Depois de ver, ler e ouvir os mais variados comentários positivos sobre a Câmara Municipal e a atual legislatura fico feliz em saber que fiz a coisa certa ao articular, defender e apoiar a candidatura do vereador pastor Jonas à presidência da Casa e em seguida a do vereador Pedrinho OLiveira (PMN). A princípio fui incompreendido e paguei um alto preço pela minha decisão. Paguei o preço da solidão que há na verdade quando se tem convicção de que se está no caminho certo.

Na ocasião defendi um posicionamento político de moderação, equilíbrio e independência. Creio que é possível essa postura no regime democrático. Não é necessário fazer a defesa intransigente do governo muito menos uma oposição obtusa, fechada. As janelas do diálogo devem estar sempre abertas para a busca do bem comum. SEM SUBSERVIÊNCIA, SEM CAPTULAÇÃO E SEM TER QUE BAIXAR A CABEÇA Não há vergonha em fazer a opção política e ética na defesa da população. Há honra e muita dignidade.

Se em 2004 a oposição tivesse assumido a direção da Câmara talvez estivéssemos amargando situações desagradáveis pela trajetória de escândalos. Era preciso quebrar o ciclo. Foi quebrado na prefeitura e tinha que ser rompido no Poder Legislativo. Fui peça chave naquele momento mesmo sabendo do preço que tinha que pagar. Paguei. Hoje, mais do que nunca me sinto feliz e em paz com a minha consciência.

Recordo-me que disse a um amigo, inclusive, empenhando-lhe a minha palavra que não votaria na presidência da Câmara em nenhum vereador do PT nem do PC do B por uma simples razão: O PT tinha a prefeitura e o PC do B, a vice, além da Secretaria de Saúde. Não poderia haver na direção da Câmara os mesmos partidos. Não seria bom para a imagem do Legislativo, muito menos para o pluralismo democrático. O tempo mostrou que eu estava certo.

Para alguns faltou visibilidade suficiente para ver o que eu via. Que estávamos sendo usados por algumas pessoas inescrupulosas e corruptas apenas pelo potencial político que representávamos. Pessoas que jogaram na lata do lixo um projeto político – a princípio vitorioso que se destinava a ajudar o Acre – para saquearem os cofres públicos.

Confirmando as minhas expectativas a eleição de 2006 não foi boa para a oposição. Para algumas pessoas, sim. Mas para o conjunto da oposição, não!
O quadro para a Câmara Federal, no âmbito da oposição, foi marcado pelo poderio econômico, pela compra de votos e pela traição. Quem deveria ser eleito pela sua história de luta, de resistência ao PT foi massacrado pelo esquema montado para eleger candidatos que, ou tinham muito dinheiro, ou só chegavam de pára-quedas em cima do pleito. Foi o que aconteceu.

Mas, diz o velho chavão: “Não adianta chorar o leite derramado”. Digo eu: os erros nos ensinam a não derramar mais o leite. Temos que procurar fazer a coisa certa. Não pela nossa sobrevivência política, mas pelo bem da comunidade. Pelo bem de uma população carente de políticas públicas em todas as áreas. Se fizermos isso, Deus se encarregará de nos recompensar em todos os níveis. Seremos recompensados sim pela lei da semeadura e da colheita. E a coisa certa hoje é manter Raimundo Angelim a frente da prefeitura.

Quanto à oposição que se recicle. Que mude! Que aprenda com a lição das urnas. Que apresente um projeto político de desenvolvimento à altura do que vem sendo praticado. Que aprenda também a valorizar seus verdadeiros heróis e a honrar os que têm dado a vida por ela e pela democracia. Em relação ao meu amigo digo apenas que o chamado de Plácido de Castro, verbalizado no leito de morte, ainda pulsa em nossos corações: “E ainda há tanta coisa a fazer pelo Acre!” O Acre precisa de nós. De boas idéias, de bons projetos, mas acima de tudo de nossos sonhos!

Para realizar esses sonhos teremos que vencer uma eleição. Estamos no caminho certo. O timoneiro é bom. É dos melhores! Por que não mantê-lo no leme? Uma mudança de rota pode atrasar a viagem em dez anos ou mais. Poderíamos estar mais a frente, mas a viagem já foi atrasada outras vezes. Não há mais tempo para aventuras. Um pequeno erro pode trazer um prejuízo incalculável para toda uma população que anseia por dias melhores. Almeja um porto seguro! Com todas as suas possíveis falhas - inerentes ao ser humano - Angelim é a pessoa talhada para continuar no leme desse barco. É guiado pela bússola (tem os pés no chão), mas também pelas estrelas (bons projetos, visão ampliada dos problemas da comunidade e bons sonhos de um futuro melhor).

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