segunda-feira, 7 de maio de 2012

Sempre gostei de ouvir muitas histórias e estórias que falam da nossa humanidade. Que nos arremetem sempre a reflexões sobre quem realmente somos e o que fazemos. Me incomoda muito a hipocrisia, as máscaras. Não a das outras pessoas, mas as minhas. 


Quando estou triste, deprimido, magoado, ferido ou enojado de algo as circunstâncias me levam a me posicionar de forma diferente diante de alguém, principalmente em relação aos meus sentimentos.


_ Está tudo bem, graças a Deus!


Instinto de proteção. Medo de demonstrar que está sujeito a fraquezas. Que não é a fortaleza que todos pensam que é. De dizer, por exemplo, que a minha cruz já é pesada demais  para ter que carregar a dos outros. Já não suporto o peso de pessoas que trazem sempre uma carga emocional gigantesca. Tão pesada como uma estrela de nêutrons e tão leve que passa pelo celular. 


Ou, quem sabe, é a sina, o destino:


Em uma grande cidade um médico sempre orientava as pessoas que o procuravam com depressão a ir a um circo em determinado vilarejo. Lá havia um palhaço que tinha o dom e a graça de Deus de fazer todos rirem. Com extrema sutileza e maestria era capaz de arrancar as pessoas do fundo do abismo com sua tão incomum habilidade. De quebrar grilhões e cadeias que prendiam pessoas a sentimentos e traumas do passado. Um dia o médico recomendava um paciente a fazer o mesmo. O que ouviu mudou todos os seus conceitos.


_ Não posso doutor porque eu sou aquele palhaço!


Por tudo isso é que continuo achando que Jesus, o Cristo, é real e pode nos ajudar independente do que os homens possam fazer, ou dizer coisas em seu nome. Coisas absurdas sobre uma liberdade de fachada, e que na verdade aprisionam muito mais do que libertam. Para aquele palhaço só havia um caminho: Jesus. Só Ele poderia aliviar o peso dos sentimento alheios, mas, mais importante ainda, o da própria hipocrisia de fazer os outros felizes quando estava estraçalhado e dilacerado por dentro.







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