quinta-feira, 21 de março de 2013

Direção do Hospital do Câncer se reúne com deputados à convite de Astério Moreira
Membros da direção do Hospital do Câncer se reuniram na manhã desta quarta-feira, 20, com deputados estaduais na Assembleia Legislativa (Aleac), durante audiência da Comissão de Saúde. Eles apresentaram as ações que estão sendo desenvolvidas pelo Governo do Estado para melhorar o atendimento na Unidade e responderam a questionamentos dos parlamentares.
De acordo com os diretores, a falta de medicamentos e de equipamento de radioterapia no Hospital do Câncer, que foram denunciados por deputados da oposição, na Aleac, são consequências de uma greve de 120 dias dos agentes da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no fim do ano passado e de dificuldades para a recuperação da máquina de cobalto.
O subsecretário de Saúde, Amsterdãn Sandres, participou do encontro e fez questão de apresentar aos deputados as ações que estão sendo realizadas para solucionar os problemas. O encontro foi  proposto pelo líder do governo na Aleac, deputado Astério Moreira (PEN), depois de relatos do deputado Chagas Romão (PMDB) que disse ter sido procurado por pacientes e visitado o Hospital acompanhado por vários outros deputados.
Participaram do encontro, além de Amsterdãn, o assessor de articulação política do Governo, Antonio Monteiro; o médico oncologista e diretor clínico, Antonio Vendette, e a diretora-geral do Hospital, Mírian Késia Labs de Lima. Pela Aleac, participaram os deputados Eduardo Farias (PCdoB), presidente da Comissão de Saúde; Geraldo Pereira, (PT; Toinha Vieira (PSDB); Major Rocha (PSDB); Walter Prado (PEN), Jonas Lima (PT); Gilbeto Diniz (PTdoB), Lira Morais (PEN) e Astério Moreira.
O subsecretário Amsterdam Sandres informou que alguns medicamentos tiveram fabricação suspensa no Brasil em consequência da greve da Anvisa, o que impediu até mesmo a sua importação. A retomada da produção do medicamento, no início do ano, segundo ele, não garante de imediato sua distribuição até o Acre porque os fabricantes têm dificuldades para atender à demanda. A morfina, segundo ele, só está em falta para uso via oral, mas há estoque suficiente para uso injetável.
Quanto ao aparelho de radioterapia, Amsterdam informou que o fabricante argentino pediu pelo menos 20 dias de prazo para poder enviar ao Acre um técnico especializado na máquina, cujo modelo é considerado o mais eficaz, mas não tem similar no Brasil. Ele também afirmou que os 41 pacientes que estavam passando por tratamento radioterápico foram encaminhados para Tratamento Fora de Domicílio.
Mírian Késia informou que a máquina foi adquirida para a inauguração do Hospital, em 2007, e só foi apresentar problema em fevereiro passado. De acordo com ela, o Hospital atendeu, neste período, 600 novos casos por ano, que em 2012 saltaram para 800 novos casos. “Eu tenho orgulho em trabalhar no Hospital do Câncer do Acre, pois hoje o Estado está incluído no cenário nacional do tratamento contra o câncer e é referência para países e outros estados da região já que recebemos pacientes da Bolívia, do Peru, do Amazonas e Rondônia”, afirmou ela.
O diretor clínico, Antonio Vendette, informou que o Hospital tem 4,2 mil pacientes com câncer cadastrados desde sua fundação em 2007 e, destes, 13% foram a óbito, índice considerado o mais baixo do Brasil. Vendette aproveitou a oportunidade para pedir apoio dos deputados para as obras de ampliação do hospital.
Deputados destacam esforço do governo
Os deputados agradeceram a presença da direção do Hospital e, tanto a base aliada como a oposição garantiram intenção de ajudar na solução dos problemas atuais e nas outras demandas. De acordo com o deputado Major Rocha, apesar de sua intenção de colaborar, o governo precisa contratar mais servidores plantonistas. “Eu sou um torcedor da saúde pública”, garantiu.
Para o deputado Geraldo Pereira, a vinda da comissão mostrou que a situação está sob controle, mas os deputados da oposição conseguiram criar um fato político com uma denúncia que acabou desviando a atenção da inauguração das obras da Cidade do Povo. “O que está em jogo é a política”, disse. Jonas Lima também disse não ter visto alarme nas denúncias da oposição, lembrando que visita o Hospital com frequência. Já o deputado Gilberto Diniz sugeriu dar uma trégua de 20 dias nas críticas ao hospital, mas declarou não acreditar que em 20 dias os problemas estejam solucionados. Toinha Vieira aproveitou para dizer que em sua cidade, Sena Madureira, faltam até lençóis no hospital.
Astério elogiou a atitude do deputado Chagas Romão ao trazer o questionamento sobre a crise para a Aleac e a rapidez com que o Governo do Estado providenciou a resposta enviando para a reunião o subsecretário Amsterdam Sandres, que foi um dos principais construtores do sistema de saúde do Acre.
O presidente da Comissão de Saúde, deputado Eduardo Farias, elogiou a rapidez com que o lider do Governo, Astério Moreira, mobilizou a Secretaria de Saúde e promoveu o encontro com os parlamentares.  Segundo ele, a situação será normalizada com a recuperação da máquina de cobalto e a aquisição dos medicamentos que poderá ser feita, inclusive, diretamente caso não apareçam fornecedores interessados em participar dos pregões. “Tanto os deputados da base aliada como da oposição ficaram satisfeitos com o resultado da reunião”, informou Eduardo.
João Maurício
Foto: Gleiciano Rodrigues
Agência Aleac

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