quinta-feira, 7 de março de 2013


A pedido do deputado Astério Assembléia Homenageia mulheres no oito de março
Por iniciativa do deputado Astério Moreira (PEN), líder do governo, a Aleac realizou nesta quarta-feira, 6, uma sessão solene em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, que será comemorado na próxima sexta-feira, 8 de março.

O evento foi coordenado pelo presidente da Casa, deputado Elson Santiago (PEN), e teve a participação na mesa de honra do segundo-secretário, deputado Chico Viga (PSD); da diretora do Detran, Sawana Carvalho; da secretária de Estado de Política para as Mulheres, Concita Maia, e das apóstolas Deise Costa, da Igreja Batista Renovada, e Fabiane Bastos, da Igreja Nova Aliança.

Astério fez a abertura da solenidade lendo um texto que descreve o tratamento dispensado às mulheres segundo algumas interpretações do início da Era Cristã. O texto relata, entre outros detalhes, que na época de Jesus, mulher não era nada mais do que propriedade do marido. Era considerada mentirosa por natureza, cujo testemunho e juramento não tinha valor.
“Hoje entendemos que o mais importante é Deus, em segundo lugar a família e dentro da família, a mãe”, lembrou o parlamentar, para justificar sua iniciativa e desejar um dia de reflexão para um novo Acre, um novo Brasil com uma sociedade mais fraterna e que reconheça a importância da mulher para a vida.

A secretária Concita Maia fez um relato sobre os esforços do governador Tião Viana para implementar políticas públicas destinadas à promoção da mulher. “Estamos realizando oficinas de capacitação para atendimento nas delegacias das mulheres, na Polícia Civil e na Polícia Militar e reforçando as unidades de Brasileia, Sena Madureira, Feijó e Cruzeiro do Sul. Na próxima semana Concita estará com o governador Tião Viana em Brasília participando de um programa da presidente Dilma Rousseff paa o enfrentamento contra a violência. “Esperamos poder contar com esta Casa neste enfrentamento e na implementação de políticas para a melhoria do cotidiano das mulheres”, afirmou Concita Maia.

A apóstola Socorro Braga fez pronunciamento lembrando que Deus ao construir o homem percebeu que ele estava sozinho e decidiu fazer a mulher para sua companhia, daí a importância da mulher nas famílias. “A mulher tem que ter sabedoria para lidar com inúmeras questões. Ser mulher é gratificante, mas tem suas dificuldades. Até chegarmos a esta cerimônia, já fizemos muitas coisas. Tivemos muitas conquistas, mas isso nos trouxe mais trabalho, pois temos que ser profissionais, mães, filhas, esposas, pastoras, discípulas e ainda estamos aqui cumprindo um propósito na sociedade porque o homem não tem este dia”, declarou Socorro.

A apóstola Deise Costa recordou que a mulher foi, por muitos anos, maculada pelo próprio homem, tornando-se um ser isolado dentro da própria casa. Mas, depois de muita guerra, entrou em luta por emancipação e, quando conseguiu, virou símbolo sexual, sem que seus valores fossem destacados. “Hoje temos conseguido mostrar que não somos apenas donas de casa, que temos qualidades. Mas temos um preço a pagar por isso”, observou.

De acordo com a pastora, o custo de tornar-se uma mulher com altos cargos na sociedade é ter que abandonar suas casas e deixar seus filhos com outras pessoas com graves consequências para toda a família. “Ninguém melhor que a mãe para dar educação, para não deixar que a TV deforme o que mãe colocou na mente das crianças. Mas, mesmo assim, podemos dizer que valeu a pena ser mulher e chegar aonde chegamos”, concluiu.

O deputado Jamyl Asfury (PEN) 2º vice-presidente, observou que os homens nunca abriram espaços para as mulheres. “O espaço que voces ocupam hoje foi conquistado a duras penas e os números mostram que muitos outros espaços ainda serão ocupados, pois as mulheres estão preparadas para assumir qualquer posição”, destacou.

Para a deputada Marileide Serafim (DEM) Deus não teria feito a mulher sem antes fazer o homem, pois a projetou para ser a auxiliadora. “Não saímos do fio de cabelo nem da sola dos seus pés. Somos a benção da vida dos homens e os homens são a benção de nossas vidas. Que Deus conclua seu projeto de salvação da humanidade e possa reconhecer em nós o bom projeto que ele criou”, disse a deputada.

O líder do PT, deputado Geraldo Pereira, lembrou que o Dia Internacional da Mulher começou com uma revolta de operárias de Nova Iorque por uma redução da jornada de trabalho de 16 para 10 horas por dia e lembrou das trabalhadoras do serviço de limpeza urbana, as chamadas margaridas. “Dedico esta homenagem às margaridas que limpam nossos caminhos para aqui chegarmos. Em nome delas parabenizo as mulheres do Acre e do mundo”, declarou.
A diretora do Detran, Sawana Carvalho, que acaba de ser eleita presidente da Associação Nacional dos Dirigentes de Detrans, argumentou que não existem diferenças entre as mulheres, sejam elas margaridas ou empregadas domésticas. “As diferenças de profissão são uma questão de oportunidades, pois Deus nos igualou quando nos deu a dádiva de ser mães. Mas, por mais que sejamos diferentes na profissão, nosso dia começa igual, com a mesa posta, pois temos que ser donas de casa, mãe e educadoras”, disse.

Para a deputada Maria Antonia (PP) a mulher é mais forte do que o homem. Ela sustenta esta convicção com o exemplo da apóstola Deise, que um dia depois de perder o marido, o apóstolo Aarão, já estava na igreja pregando a palavra de Deus. A deputada acredita que as mulheres são o esteio da família e, se dependesse dos esposos, não haveria tantas famílias equilibradas. “Sem querer desmerecer os homens, meu marido é a razão de minha vida, sou feliz por ser mulher e tenho certeza de que as mulheres ainda vão ocupar cargos mais importantes”, concluiu.

O líder do PC do B, deputado Eduardo Farias, defendeu que a mulher, assim como a criança e o idoso já têm leis que asseguram a sua proteção e a sua promoção social, mas ainda precisam de um marco legal. Por isso ele tomou a iniciativa, junto com outros deputados, de apresentar projeto de lei ampliando a licença-maternidade de quatro para seis meses. “Muitos problemas de violência começam dentro de casa em consequência da ausência da mãe que saiu para trabalhar. Com uma licença maior, ela tem mais tempo para dar leite ao filho e garantir o futuro de homens e mulheres”, afirmou.
João Maurício
Foto: J. Simão
Agência Aleac

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