quinta-feira, 28 de março de 2013

Porque não conseguiria dizer um "e daí"!? para ninguém

Fiquei impressionado com a minha própria indignação quando vi no Ac24horas que eu teria dito uma frase sobre os buracos da BR-364 seguida de um "e daí"!? Maldade pura do Ac24horas. Não conseguiria dizer isso para ninguém, nem de brincadeira. Não só eu, nenhum de nós, os oito irmãos.

Passado as primeiras 48 horas do ocorrido consegui até um sorriso de "Mona Lisa" do episódio. A minha reação tem a ver com o meu passado. Viajei no tempo e descobri a raiz da questão.De certa forma foi muito bom porque me fez lembrar minha mãe, a dona Neves.

Ela é a única pessoa responsável por eu não conseguir dizer um "e daí"!? Meu pai, por não conseguir xingar uma pessoa de "desgraçado" e "miserável". Falar essas palavras na minha casa era abominável e a certeza de uma repreensão, às vezes, seguida de uma boa e senhora surra de cinturão, nas pernas. 

Minha mãe considerava o cúmulo da ousadia, afronta e audácia o "e daí"!? Um desrespeito a ela, aos mais velhos e a todo mundo. Pelos idos de 1969/1970, na escola Batista, caí na besteira de dizer  um: "não fiz o dever, e daí"!? para a professora e Missionária Marley. Uma linda jovem que tinha vindo do Rio de Janeiro para o Acre fazer missões e dar aulas.

O tempo fechou. Ela reagiu com tanta indignação que me sacolejou pelos braços, me deu uns bons tapas e me colocou de castigo. Por muito tempo as marcas de suas unhas ficaram cravadas nos meus ante braços.

_ Vou comunicar a irmã Neves, sentenciou a linda professora, por quem eu, apesar dos meus nove anos de idade, nutria um amor platônico (naquele dia o amor se acabou). A situação era mais grave porque a missionária morava na nossa casa. Não havia escapatória. A surra estava decretada. Dizer um "e daí"!? para um professor era grave, gravíssimo. 

Minha mãe, estoica, me pegou de jeito na frente de todos para que ninguém tivesse a infeliz ideia de dizer um "e daí"!? para pais, avós, tios, tias, primos, professores...e a mais ninguém, como ela mesma dizia, "enquanto vivesse na face do planeta Terra". 

Na verdade o Ac24horas me fez um bem. Posso perdoá-los pela "maldade" que fizeram a mim, mas não posso perdoá-los pela "maldade" que fizeram a eles mesmos. (coisa do Nietszche). Fizeram o bem no sentido de ter trazido a minha memória momentos extraordinários de minha vida.

Recordei dos amigos de infância, dos professores. Como disse, lembrei de minha mãe, dos seus ensinos, da rigidez moral, mas também da ternura e do amor dedicado à todos. Nasceu no seringal, aprendeu a ler na Bíblia, nunca pode frequentar uma escola. Quem a conheceu sabe do que estou falando.  

Como eu gostaria de dizer a ela, só a ela, a mais ninguém:

_ Mãe, fica em paz! Eu jamais direi um "e daí"!? para afrontar e desrespeitar ninguém. Naquele dia, mãe, eu aprendi a lição. Pai, também não pronunciarei contra ninguém as palavras "miserável" e "desgraçado". O senhor não gostava porque elas não edificam vidas. 

Daqui a algum tempo tudo isso terá passado...

quinta-feira, 21 de março de 2013

Proposta visa beneficiar médicos formados no estrangeiro para melhor atender a população

Todo médico graduado em países estrangeiros que for aprovado para a "Residência Médica" no Acre, poderá trabalhar com uma "autorização provisória" em todas as unidades de saúde do Estado. O projeto é do líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado Astério Moreira (PEN). 

Astério também quer uma audiência pública com a participação de representantes do Conselho Regional de Medicina (CRM), Ufac, Ministério Público Federal, Ministério Público Estado, Governo do Estado, representantes das prefeituras e médicos formados no estrangeiro. 

A proposta foi levada, inclusive, ao governador Tião Viana (PT) para que ele avaliasse a real possibilidade do Estado apoiar a medida. "O governador me disse que a ideia era muito boa e que deveria expor na tribuna do Legislativo", disse. Segundo Astério, A Ufac tem um papel fundamental - dentro da lei - de contribuir para a regularização de profissionais de medicina que, de fato, estejam capacitados. 

A carência de médicos no Brasil é muito grande. Especialmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Para Astério Moreira, a proposta é possível e legal desde de que haja interesse político em resolver os problemas de saúde da nossa população.
Direção do Hospital do Câncer se reúne com deputados à convite de Astério Moreira
Membros da direção do Hospital do Câncer se reuniram na manhã desta quarta-feira, 20, com deputados estaduais na Assembleia Legislativa (Aleac), durante audiência da Comissão de Saúde. Eles apresentaram as ações que estão sendo desenvolvidas pelo Governo do Estado para melhorar o atendimento na Unidade e responderam a questionamentos dos parlamentares.
De acordo com os diretores, a falta de medicamentos e de equipamento de radioterapia no Hospital do Câncer, que foram denunciados por deputados da oposição, na Aleac, são consequências de uma greve de 120 dias dos agentes da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no fim do ano passado e de dificuldades para a recuperação da máquina de cobalto.
O subsecretário de Saúde, Amsterdãn Sandres, participou do encontro e fez questão de apresentar aos deputados as ações que estão sendo realizadas para solucionar os problemas. O encontro foi  proposto pelo líder do governo na Aleac, deputado Astério Moreira (PEN), depois de relatos do deputado Chagas Romão (PMDB) que disse ter sido procurado por pacientes e visitado o Hospital acompanhado por vários outros deputados.
Participaram do encontro, além de Amsterdãn, o assessor de articulação política do Governo, Antonio Monteiro; o médico oncologista e diretor clínico, Antonio Vendette, e a diretora-geral do Hospital, Mírian Késia Labs de Lima. Pela Aleac, participaram os deputados Eduardo Farias (PCdoB), presidente da Comissão de Saúde; Geraldo Pereira, (PT; Toinha Vieira (PSDB); Major Rocha (PSDB); Walter Prado (PEN), Jonas Lima (PT); Gilbeto Diniz (PTdoB), Lira Morais (PEN) e Astério Moreira.
O subsecretário Amsterdam Sandres informou que alguns medicamentos tiveram fabricação suspensa no Brasil em consequência da greve da Anvisa, o que impediu até mesmo a sua importação. A retomada da produção do medicamento, no início do ano, segundo ele, não garante de imediato sua distribuição até o Acre porque os fabricantes têm dificuldades para atender à demanda. A morfina, segundo ele, só está em falta para uso via oral, mas há estoque suficiente para uso injetável.
Quanto ao aparelho de radioterapia, Amsterdam informou que o fabricante argentino pediu pelo menos 20 dias de prazo para poder enviar ao Acre um técnico especializado na máquina, cujo modelo é considerado o mais eficaz, mas não tem similar no Brasil. Ele também afirmou que os 41 pacientes que estavam passando por tratamento radioterápico foram encaminhados para Tratamento Fora de Domicílio.
Mírian Késia informou que a máquina foi adquirida para a inauguração do Hospital, em 2007, e só foi apresentar problema em fevereiro passado. De acordo com ela, o Hospital atendeu, neste período, 600 novos casos por ano, que em 2012 saltaram para 800 novos casos. “Eu tenho orgulho em trabalhar no Hospital do Câncer do Acre, pois hoje o Estado está incluído no cenário nacional do tratamento contra o câncer e é referência para países e outros estados da região já que recebemos pacientes da Bolívia, do Peru, do Amazonas e Rondônia”, afirmou ela.
O diretor clínico, Antonio Vendette, informou que o Hospital tem 4,2 mil pacientes com câncer cadastrados desde sua fundação em 2007 e, destes, 13% foram a óbito, índice considerado o mais baixo do Brasil. Vendette aproveitou a oportunidade para pedir apoio dos deputados para as obras de ampliação do hospital.
Deputados destacam esforço do governo
Os deputados agradeceram a presença da direção do Hospital e, tanto a base aliada como a oposição garantiram intenção de ajudar na solução dos problemas atuais e nas outras demandas. De acordo com o deputado Major Rocha, apesar de sua intenção de colaborar, o governo precisa contratar mais servidores plantonistas. “Eu sou um torcedor da saúde pública”, garantiu.
Para o deputado Geraldo Pereira, a vinda da comissão mostrou que a situação está sob controle, mas os deputados da oposição conseguiram criar um fato político com uma denúncia que acabou desviando a atenção da inauguração das obras da Cidade do Povo. “O que está em jogo é a política”, disse. Jonas Lima também disse não ter visto alarme nas denúncias da oposição, lembrando que visita o Hospital com frequência. Já o deputado Gilberto Diniz sugeriu dar uma trégua de 20 dias nas críticas ao hospital, mas declarou não acreditar que em 20 dias os problemas estejam solucionados. Toinha Vieira aproveitou para dizer que em sua cidade, Sena Madureira, faltam até lençóis no hospital.
Astério elogiou a atitude do deputado Chagas Romão ao trazer o questionamento sobre a crise para a Aleac e a rapidez com que o Governo do Estado providenciou a resposta enviando para a reunião o subsecretário Amsterdam Sandres, que foi um dos principais construtores do sistema de saúde do Acre.
O presidente da Comissão de Saúde, deputado Eduardo Farias, elogiou a rapidez com que o lider do Governo, Astério Moreira, mobilizou a Secretaria de Saúde e promoveu o encontro com os parlamentares.  Segundo ele, a situação será normalizada com a recuperação da máquina de cobalto e a aquisição dos medicamentos que poderá ser feita, inclusive, diretamente caso não apareçam fornecedores interessados em participar dos pregões. “Tanto os deputados da base aliada como da oposição ficaram satisfeitos com o resultado da reunião”, informou Eduardo.
João Maurício
Foto: Gleiciano Rodrigues
Agência Aleac


Astério propõe reunião com diretores do Hospital do Câncer para esclarecimentos
O líder do governo na Aleac, deputado Astério Moreira (PEN), informou durante pronunciamento da tribuna que desde a semana passada encaminhou pedido de informações aos responsáveis pelo setor de saúde sobre as condições do Hospital do Câncer. Astério também adiantou que, na ausência da secretária de Saúde, o Estado deverá enviar um representante com especialização na área para prestar todos os esclarecimentos necessários à Comissão de Saúde da Aleac, presidida pelo deputado Eduardo Farias (PCdoB), que é médico.


De acordo com Astério, o governo não tem nada a esconder sobre o hospital e a denúncia do deputado Chagas Romão (PMDB) não será tratada como um cabo de guerra, de forma politiqueira. “É uma questão de saúde, temos que ter seriedade e respeito. Esta é a posição do governador Tião Viana e me coloco à inteira disposição para tratarmos do assunto”, afirmou.

Astério lembrou que todos os equipamentos, seja um celular ou um automóvel, estão sujeitos a danos e a reparos, principalmente quando há uma demanda muito alta pelo seu uso, como é o caso do aparelho de radiologia, que atende a 4 mil pessoas mensalmente.

“Mas é necessário recordar que o Acre avançou muito na área de saúde. Nossa população que é atendida no Segundo Distrito sabe que o Acre avançou muito. É preciso fazer o julgamento correto. Quem não reconhece o avanço, também não tem autoridade para falar que nada funciona”, argumentou Astério.

Por esta razão, o deputado propôs a reunião das autoridades da área de saúde com a Comissão Permanente de Saúde da Aleac, presidida pelo deputado Eduardo Farias. “O deputado Eduardo foi secretário de Saúde, é um profissional competente e dará importante contribuição para corrigir rumos se houver equívocos”, concluiu o deputado Astério Moreira.
João Maurício
Foto: J. Simão
Agência Aleac

quinta-feira, 7 de março de 2013


A pedido do deputado Astério Assembléia Homenageia mulheres no oito de março
Por iniciativa do deputado Astério Moreira (PEN), líder do governo, a Aleac realizou nesta quarta-feira, 6, uma sessão solene em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, que será comemorado na próxima sexta-feira, 8 de março.

O evento foi coordenado pelo presidente da Casa, deputado Elson Santiago (PEN), e teve a participação na mesa de honra do segundo-secretário, deputado Chico Viga (PSD); da diretora do Detran, Sawana Carvalho; da secretária de Estado de Política para as Mulheres, Concita Maia, e das apóstolas Deise Costa, da Igreja Batista Renovada, e Fabiane Bastos, da Igreja Nova Aliança.

Astério fez a abertura da solenidade lendo um texto que descreve o tratamento dispensado às mulheres segundo algumas interpretações do início da Era Cristã. O texto relata, entre outros detalhes, que na época de Jesus, mulher não era nada mais do que propriedade do marido. Era considerada mentirosa por natureza, cujo testemunho e juramento não tinha valor.
“Hoje entendemos que o mais importante é Deus, em segundo lugar a família e dentro da família, a mãe”, lembrou o parlamentar, para justificar sua iniciativa e desejar um dia de reflexão para um novo Acre, um novo Brasil com uma sociedade mais fraterna e que reconheça a importância da mulher para a vida.

A secretária Concita Maia fez um relato sobre os esforços do governador Tião Viana para implementar políticas públicas destinadas à promoção da mulher. “Estamos realizando oficinas de capacitação para atendimento nas delegacias das mulheres, na Polícia Civil e na Polícia Militar e reforçando as unidades de Brasileia, Sena Madureira, Feijó e Cruzeiro do Sul. Na próxima semana Concita estará com o governador Tião Viana em Brasília participando de um programa da presidente Dilma Rousseff paa o enfrentamento contra a violência. “Esperamos poder contar com esta Casa neste enfrentamento e na implementação de políticas para a melhoria do cotidiano das mulheres”, afirmou Concita Maia.

A apóstola Socorro Braga fez pronunciamento lembrando que Deus ao construir o homem percebeu que ele estava sozinho e decidiu fazer a mulher para sua companhia, daí a importância da mulher nas famílias. “A mulher tem que ter sabedoria para lidar com inúmeras questões. Ser mulher é gratificante, mas tem suas dificuldades. Até chegarmos a esta cerimônia, já fizemos muitas coisas. Tivemos muitas conquistas, mas isso nos trouxe mais trabalho, pois temos que ser profissionais, mães, filhas, esposas, pastoras, discípulas e ainda estamos aqui cumprindo um propósito na sociedade porque o homem não tem este dia”, declarou Socorro.

A apóstola Deise Costa recordou que a mulher foi, por muitos anos, maculada pelo próprio homem, tornando-se um ser isolado dentro da própria casa. Mas, depois de muita guerra, entrou em luta por emancipação e, quando conseguiu, virou símbolo sexual, sem que seus valores fossem destacados. “Hoje temos conseguido mostrar que não somos apenas donas de casa, que temos qualidades. Mas temos um preço a pagar por isso”, observou.

De acordo com a pastora, o custo de tornar-se uma mulher com altos cargos na sociedade é ter que abandonar suas casas e deixar seus filhos com outras pessoas com graves consequências para toda a família. “Ninguém melhor que a mãe para dar educação, para não deixar que a TV deforme o que mãe colocou na mente das crianças. Mas, mesmo assim, podemos dizer que valeu a pena ser mulher e chegar aonde chegamos”, concluiu.

O deputado Jamyl Asfury (PEN) 2º vice-presidente, observou que os homens nunca abriram espaços para as mulheres. “O espaço que voces ocupam hoje foi conquistado a duras penas e os números mostram que muitos outros espaços ainda serão ocupados, pois as mulheres estão preparadas para assumir qualquer posição”, destacou.

Para a deputada Marileide Serafim (DEM) Deus não teria feito a mulher sem antes fazer o homem, pois a projetou para ser a auxiliadora. “Não saímos do fio de cabelo nem da sola dos seus pés. Somos a benção da vida dos homens e os homens são a benção de nossas vidas. Que Deus conclua seu projeto de salvação da humanidade e possa reconhecer em nós o bom projeto que ele criou”, disse a deputada.

O líder do PT, deputado Geraldo Pereira, lembrou que o Dia Internacional da Mulher começou com uma revolta de operárias de Nova Iorque por uma redução da jornada de trabalho de 16 para 10 horas por dia e lembrou das trabalhadoras do serviço de limpeza urbana, as chamadas margaridas. “Dedico esta homenagem às margaridas que limpam nossos caminhos para aqui chegarmos. Em nome delas parabenizo as mulheres do Acre e do mundo”, declarou.
A diretora do Detran, Sawana Carvalho, que acaba de ser eleita presidente da Associação Nacional dos Dirigentes de Detrans, argumentou que não existem diferenças entre as mulheres, sejam elas margaridas ou empregadas domésticas. “As diferenças de profissão são uma questão de oportunidades, pois Deus nos igualou quando nos deu a dádiva de ser mães. Mas, por mais que sejamos diferentes na profissão, nosso dia começa igual, com a mesa posta, pois temos que ser donas de casa, mãe e educadoras”, disse.

Para a deputada Maria Antonia (PP) a mulher é mais forte do que o homem. Ela sustenta esta convicção com o exemplo da apóstola Deise, que um dia depois de perder o marido, o apóstolo Aarão, já estava na igreja pregando a palavra de Deus. A deputada acredita que as mulheres são o esteio da família e, se dependesse dos esposos, não haveria tantas famílias equilibradas. “Sem querer desmerecer os homens, meu marido é a razão de minha vida, sou feliz por ser mulher e tenho certeza de que as mulheres ainda vão ocupar cargos mais importantes”, concluiu.

O líder do PC do B, deputado Eduardo Farias, defendeu que a mulher, assim como a criança e o idoso já têm leis que asseguram a sua proteção e a sua promoção social, mas ainda precisam de um marco legal. Por isso ele tomou a iniciativa, junto com outros deputados, de apresentar projeto de lei ampliando a licença-maternidade de quatro para seis meses. “Muitos problemas de violência começam dentro de casa em consequência da ausência da mãe que saiu para trabalhar. Com uma licença maior, ela tem mais tempo para dar leite ao filho e garantir o futuro de homens e mulheres”, afirmou.
João Maurício
Foto: J. Simão
Agência Aleac