O frio chegou como nos tempos antigos carregado de nostalgia e ternura. O vento gelado do ártico me transportou aos dias de estiagem da minha infância. Acordavamos cedinho, ainda escuro, e íamos para o meio da rua esperar nossa estrela despontar no horizonte para nos aquecer. Aquele bando de meninos acocorados como caimãs, tracajás ou mesmo urubus se aquecendo ao Sol. Aos poucos o astro ía nos aquecendo, nos envolvendo num abraço quente...aconchegante! Tagarelávamos até por volta das nove horas manhã. Férias da escola, não tinhamos compromisso com nada a não ser com as brincadeiras: jogar bola, tomar banho no rio, comer frutas, pescar, vadiar pelas ruas e becos da cidade atrás de nada. Não havia energia elétrica 24 horas, televisão, internet...nada disso! Éramos felizes e livres...é como diz a canção já bem longe esse tempo! A modernidade nos distanciou e nos sentenciou a escravidão.
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