O deputado Astério Moreira (PEN), líder do governo na Aleac, lembrou que está há dois anos denunciando as atrocidades cometidas pela polícia boliviana contra presos brasileiros na Vila Bush. Ele relembrou uma história que contou na tribuna recentemente sobre os tempos em que era vereador em Brasileia e foi chamado para socorrer um acreano preso em Cobija.
“Quando nós chegamos na delegacia ele se agarrou em meus pés pedindo pelo amor de Deus para que eu não deixasse ele preso, pois os policiais estavam brincando de roleta russa na sua cabeça”, relatou Astério. O deputado também lembrou que no ano passado a Aleac foi quase inteira para Brasileia para estudar uma forma de solucionar o problema de um mototaxista preso, mas que depois de um dia inteiro de debates nada de concreto foi realizado.
Segundo Astério, a relação entre brasileiros e bolivianos na fronteira nunca foi muito serena, mas se tornaram mais problemáticas depois da ascensão do presidente Evo Morales. “Hoje em dia o país tem os chamados tribunais populares, organizado de improviso para julgar, condenar e aplicar a pena no meio das ruas. Em poucos minutos eles decidem se dão uma surra, decepam uma mão ou matam a pessoa acusada de cometer um crime”, explicou.
Para Astério, em curtíssimo prazo, a solução mais adequada para os brasileiros presos na Vila Bush é a contratação de um advogado boliviano para atendê-los e intercerder em seu favor nas cortes internacionais e nos órgãos de defesa dos Direitos Humanos. “Aliás, eu gostaria de saber o que estão fazendo as entidades de direitos humanos do Acre, as igrejas, a OAB”, questionou Astério. (Agência Aleac)
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