Como Jesus lidava com as mulheres?
Na época de Jesus a mulher não era mais do que uma propriedade do seu marido. Este possuía servos, propriedades e a mulher. Ela era considerada pecadora e mentirosa por natureza. Seu testemunho em um julgamento era considerado de pouco valor.
Após a ressurreição, foi às mulheres que Jesus apareceu primeiro. Elas correram e contaram aos apóstolos. Mas estes não as levaram a sério. Era o testemunho de mulheres, e mulheres eram influenciáveis e pouco confiáveis. Mas Jesus confiava nelas.
Também foi para uma mulher que Jesus primeiro revelou, de modo claro, que era o Messias. Ele escolheu uma mulher, não judia e discriminada, para se revelar. Ele estava na região da Samaria, junto a um poço d’água, quando uma samaritana se aproximou deste poço a fim de retirar água. Jesus pediu a ela um pouco de água. A mulher ficou surpresa, porque judeus não usavam copos, pratos e talheres que tivessem sido usados pelos Samaritanos ou por pagãos (pois os consideravam impuros). Mas Jesus usava, pois Ele não era prisioneiro dos preconceitos de sua época. Em troca da água Jesus ofereceu seu conhecimento e se revelou o Messias.
O que mais impressiona neste ato é que Jesus lida com a Samaritana sem preconceitos raciais, culturais ou sexuais. Ela é um ser humano, e como tal merece conhecer e viver a palavra de Deus. Jesus reconhece que o que nos separa é o preconceito e que a palavra de Deus não deve ficar prisioneira dos preconceitos. Ela é para TODOS.
Leia a interessante opinião de Aleksandr Mien (A) e depois aprenda um pouco como era a vida das mulheres naqueles tempos.
“Para Sócrates, a mulher era um ser estúpido e enfadonho. Buda não permitia nem que seus seguidores olhassem para as mulheres. No mundo pré-cristão, as mulheres quase sempre não passavam de servas mudas, cuja vida só conhecia o trabalho extenuante e as obrigações de casa. Não é à-toa que uma oração judaica dizia: "Agradeço-te, ó Deus, por não me teres feito mulher"...
Foi Cristo quem restituiu à mulher a dignidade humana que lhe fora tirada, o direito de ter exigências espirituais. A partir dele, o lugar da mulher não se limitou mais ao lar doméstico. Por isso, no grupo dos seus seguidores mais íntimos vemos muitas mulheres, principalmente galiléias.
Os Evangelhos transmitiram o nome de algumas delas: Maria Madalena, que Jesus curara de "sete demônios", Salomé, mãe de João e Tiago, Maria de Cléopas, prima ou irmã da mãe de Jesus, Suzana e Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes Antipas. As mais ricas sustentavam a pequena comunidade com seus bens, mas Jesus não queria que o papel delas se restringisse apenas a isso.
Durante visita a Jerusalém, Jesus estreitou amizade com a família de um tal de Eleazar, ou Lázaro, que vivia com as irmãs Marta e Maria em Betânia, pequena cidade da periferia da capital. Jesus gostava muito da casa deles, e para lá se retirava freqüentemente, quando queria descansar. Certa vez, estando com eles, Marta andava afobada, preparando algumas coisas para o hóspede, enquanto Maria, sentada aos pés do Mestre, escutava. Após ver isto, a irmã mais velha disse a Jesus:
- Senhor, não te importas que minha irmã me tenha deixado sozinha a fazer o serviço? Diz-lhe que me venha ajudar.
- Marta, Marta - disse-lhe Jesus - tu te preocupas e te agitas por muitas coisas. Mas uma coisa só é importante. E Maria escolheu justamente a melhor parte, que não lhe será tirada.
... Mais tarde, na hora da provação, as primeiras mulheres cristãs não abandonarão Jesus, como os discípulos homens. Elas estarão com Ele no Gólgota no momento da morte, acompanharão o seu corpo até o lugar da sepultura, e é a elas que será revelado o mistério da ressurreição em primeiro lugar.
Portanto, o Evangelho rompeu com todas as barreiras que desde sempre dividiam os homens. ..." (do livro: Jesus, Mestre de Nazaré, pág.105,106)
(B) Um pouco de história:
- Uma mulher judia sair de casa sem cobrir a cabeça era considerado ato tão ofensivo ao marido que este tinha o direito de repudiá-la e separar-se dela (sem direito algum para a esposa).
- O homem bem educado jamais poderia se encontrar a sós com uma mulher.
- Se a mulher fosse casada o homem deveria evitar olhá-la ou saudá-la.
- Um pai podia vender sua filha como escrava, após ela ter completado 12 anos. Fato pouco comum, mas que servia para manter a submissão feminina.
- As filhas tinham que ceder os principais lugares para os filhos e, inclusive, permitir que eles passassem primeiro pelas portas das casas. Em muitos lares os filhos eram incentivados a usar sua força contra as filhas a fim de irem aprendendo a dominar as mulheres.
- As mulheres não tinham acesso ao ensino religioso e eram deixadas à parte nos cultos.
Muitas outras opressões existiam contra as mulheres. Imagine a coragem de Jesus ao conversar com elas, instruí-las e tratá-las com dignidade.
" Samaritanos não eram pagãos, mas, uma vertente do judaísmo; um judaísmo gnóstico com muita coisa de mediunismo; acreditavam em *eons* que são os nossos *espíritos*; converteram-se em massa a João Batista e ao cristianismo. Samaritanos tiveram capital importância no cristianismo [fonte, BROWN, Raymond, "A Comunidade do Discípulo Amado"]." Email enviado por Paulo Dias.
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