quarta-feira, 26 de novembro de 2008

A disputa pela presidência da Câmara
A coisa mais natural no mundo na política é a disputa. Aliás, sem disputa não existe política, não existe democracia, não existe nada. Portanto, a disputa pelo cargo de presidente da Câmara Municipal é perfeitamente ética e democrática.
Essa luta se trava no campo das idéias. Errado seria pegar uma faca, um revólver ou sair aos tapas para se resolver a questão. Portanto, não há nada antiético em dizer que o vereador Jessé Santiago, meu colega de partido e membro da Assembléia de Deus, seria um péssimo presidente para a Casa nos próximos dois anos. Isto porque ele é candidato a deputado federal e vai transformar o Poder Legislativo nos próximos dois anos em seu comitê de campanha. Além do mais, não considero ético esse procedimento e posicionamento partidário. É forçar a barra.
Não tenho nada no campo pessoal contra o Jessé - ele sabe muito bem disso. Na última campanha para vereador procurei protegê-lo e até o ajudei. A bem da verdade, fui um dos responsáveis pela eleição do pastor Jonas para a presidência e do Jessé para a 1º Secretaria da Câmara e exigo deles o mesmo compromisso. É um compromisso moral. O mesmo compromisso nos obrigou a retirar o pastor Jonas da presidência para dar a vaga ao vereador Pedrinho Oliveira abrindo o espaço - que poderia ser meu - para o Jessé Santiago. É evidente que me sinto no direito de ser honrado da mesma forma em que honrei. Ademais não venham com faniquitos dizendo que os dois são evangélicos e não podem entrar em disputas políticas. Desde que seja dentro da ética e no campo das idéias não há problema algum. Ninguém vai perder a salvação por isso. Nem vai arder no fogo do inferno.
Na minha avaliação pessoal, a Câmara Municipal e o que essa legislatura conquistou deve estar acima de pretensões políticas de que qualquer um - não apenas do Jessé - sob pena de vermos todo o nosso esforço e o nosso trabalho serem desconstruídos. O meu partido, o PSB, precisa ter essa visibilidade e e ssa clareza para evitar que erros do passado não se repitam. Espero que o bom senso prevaleça. Não tive e não tenho constrangimentos em votar (já o fiz) no vereador Jessé Santiago para presidente da Câmara desde que seus argumentos sejam éticos e me convençam do contrário. Por enquanto não vejo motivo algum para fazê-lo. Como já disse: me provem do contrário.

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