sexta-feira, 8 de janeiro de 2016


Quando era criança costumava brincar no rio
Me tornei homem...avancei no tempo
As rugas, o cabelo grisalho chegou.
Voltei naquele lugar, no rio que eu brincava 
Não estava mais lá
Perguntei a muitos onde estava o rio
Por que levaram o rio?
Quem roubou o rio....?
Me diziam: você está louco?
Você não está vendo o rio?
_ O rio está lá! Veja, no mesmo lugar.
Não, não é esse rio, não é o mesmo que eu brincava.
Esse é negro, sujo, tem mal cheiro....
O rio que eu brincava no verão era verde, transparente.
Suas praias eram brancas, corríamos contra o vento
Você está louco senhor, me disse um jovem.
Assim como o senhor o rio também envelheceu, adoeceu.

Meu planeta está morrendo...vamos nos mudar para um buraco negro da galáxia 

Um dia seremos como Marte
É, talvez Marte seja com a terra
Com mar azul, montanhas, florestas verdes
Grandes rios e lagos...
Se não for Marte pode ser em outro lugar
A NASA vai nos levar para lá, todos nós. 
Só sei que a Terra está morrendo 
Por falta de amor, de carinho, de cuidados...
Estou sentindo aqui no meu universo, 
Na Amazônia, que tudo está mudando
A vida, como a conhecemos, está morrendo
A floresta está secando, os rios morrendo
Os lagos desaparecendo
Ninguém ver
Estão olhando para os smartphones 
Ligados, plugado na rede
Caíram na rede como peixes
Estão presos na malha por isso não veem nada
Será muito tarde quando os aparelhos forem desligados...
Não haverá mais bichos, pássaros, plantas e flores...
Não restará mais nada.
Só o Sol ardendo em chamas.
E nós, onde estaremos? No céu?
Mas, a terra era o céu...
Não haverá lugar para nós...
Talvez caibamos em um buraco negro da nossa galáxia. 
Lá é o lugar do homem, não na Terra.