sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Uma salada nordestina!

Passei alguns dias em João Pessoa e agora estou em Natal. Falei do meu avô paraibano, o Bianor Benício da Silva, pai de minha mãe. Era casado com a Maria Araújo Silva, a dona Mariquinha, bastante conhecida pela garra e determinação. Ela era filha de pai e mãe cearenses (Limoeiro do Norte), veio nascer em Lábria, às margens do rio Purus, estado do Amazonas, em 1910, morreu ao 94 anos. Produziram filhos e filhas e morreram fartos de dias, como já contei.
A minha avó, mãe de meu pai, Maria da Anunciação de Paula Moreira, era de Natal, Rio Grande do Norte. Não sei bem de sua história, de seu passado, mas ela casou com meu avô, Francisco José Moreira, natural de Imperatriz, estado do Maranhão. Os dois fincaram raízes em Brasiléia e foram comerciantes bem sucedidos. Tiveram participação ativa na política. Além de meu pai, mais dois de seus irmãos foram prefeitos de Brasiléia. Dessa minha avó só sei que tinha sangue índio. Seus traços nunca negaram. Parecia uma dessas indígenas de filmes americanos. Aquele olhar altivo, sereno. Falava devagar como se tivesse o controle de todas as coisas. Seu sorriso e sua gargalhada eram marcantes. Meu pai e minha irmã Damares herdaram dela a gargalhada. É linda.
Os pais de meu pai construíram a vida na cidade. Os de minha mãe, no seringal. Esse gosto que tenho pelo mato, pelos rios e igarapés, a vida simples, singela. Aquele cheiro inesquecível de um engenho de cana, de uma casa de farinha, de um milho ralado prá canjica, um pão de milho, uma macaxeira cozida de manhã, tapioca e um bom banho de cuia, herdei de minha mãezinha. Eu e meus irmãos somos resultados dessas história de amor de quatro estados do Nordeste: Paraíba, Ceará, Maranhão e Rio Grande do Norte. Uma verdadeira salada nordestina!

sábado, 17 de janeiro de 2009

Na terra de meu avô

Estou em João Pessoa, Paraíba, terra do meu avô materno. Realizo um antigo sonho acalentado desde minha infância
Bianor Benício da Silva era seu nome. Ele migou para o Acre em meados de 1892. Aos 18 anos foi cortar seringa com um de seus irmãos na região do Abunã (hoje Plácido de Castro). Contava que houve uma revolta no barracão do seringal. "Foi tiro para todos os lados", dizia. Durante o tiroteio ele e o irmão se protegeram atrás de uma sacupemba de um árvore - deveria ser um cumaru ferro. Meu tio avô foi dar uma "espiada" e levou um tiro na testa. Meu avô cavou uma sepultura rasa com um facão e saiu perdido pela mata. Andou como um louco por vários anos até chegar a casa de minha avó, que tinha apenas uns cinco anos de idade, no seringal Porvir, em Xapuri.
Trabalhou como Jacó pelo amor eterno de Rachel. Cortou seringa por toda a sua vida. Começava uma das mais belas histórias de amor que eu conheço. Não moreu rico, morreu farto de dias. Depois mudou-se para a colocação Cachoeira, Seringal Carmem, próximo a Brasiléia. Saiu no começo de 1970 para evitar briga com um sulista que adquiriu o seringal para transformá-lo em uma fazenda. Já estava cansado, não cortava mais seringa. Morreu em sua casa, em Brasiléia, nos braços de minha avó. Viveram mais de 50 anos juntos. Tinha mais de 98 anos quando se foi, minha avó faleceu aos 94 anos. Estou aqui porque devia isso a ele, aos meus pais, que já morreram, e a mim mesmo. Está valendo a pena. É mais do que um passeio. É um encontro com o meu passado. É a minha história.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Uma mulher chamada Haná (Ana, latinizado)

Há mais de três mil anos existiu uma mulher chamada Ana. Ela era muito infeliz. Vivia triste e chorava muito, apesar das pessoas que estavam ao seu redor a amarem muito. Sobre sua vida pesava a pior das maldições: não podia gerar filhos. Movida apenas pela fé ela foi até uma igreja, entrou e começou a falar com Deus. Deitou-se ao chão e começou a chorar, chorar muito. Ficou tanto tempo que da sua bôca não saía som algum, mas seus lábios se moviam entre soluços e gemidos. Alguém vendo aquela cena advertiu-a
_ Para de beber. Aqui não é lugar de mulheres bêbadas...
Com a voz ainda fraca e embargada pelo choro ela respondeu.
_ Não estou bêbada. Da minha dor, da minha angústia e da minha aflição tenho derramado a alma perante o Senhor Deus...
_ Me desculpe mulher! Vá para casa que Ele já ouviu a tua oração.
Ela se foi. Seu semblante já não era triste.
Depois de algum tempo ela voltou a Igreja com um lindo menino nos braços. Mostrou ao homem que a confundiu com uma bêbada e disse:
_ Era por ele que eu orava. Deus me deu e seu nome será Samuel.
Samuel se tornou um dos maiores profetas na história de Israel. Ele viu e ouviu o que olhos e ouvidos humanos nunca viram nem ouviram.
Deus é a resposta para todos os nossos problemas, angústias, medos e fraquezas. Ele é o restaurador de sonhos e de vidas. Basta apenas uma decisão nossa. Busque-o. Clame por Ele. Quando Ele falar com você através de sonhos, de pessoas, de animais, do vento, de um pensamento ou de crianças ouça-o e OBEDEÇA. Faça como Ana. A oração deve ser endereçada a Ele e não a homens ou ídolos. Derrame sua alma. Quando ela ficar vazia de orgulho, soberba e auto dependência, então, Ele entra, inunda tua vida e muda tua história. Creia, é verdade!

Chamados para uma missão!

Como ovelha desgarrada do rebanho a beira de um penhasco eu me encontrava. Ferido, magoado, desistido, sem esperanças, sozinho no meio da multidão, cheio de um vazio interior que me angustiava a alma e atormentava o espírito. Noites lindas e vazias. Madrugadas tristes. Morri mil vezes. Sonhos perdidos no caminho. Vida sem sentido. Fui conduzido a periferia da cidade para um bairro chamado Nova Estação. Era de fato, uma nova Estação. A primavera da vida. Conheci o casal de pastores - hoje apóstolos - Afif Arão e Dayse Costa. Eles me apontaram para uma montanha, subi, encontrei uma cruz. Ao lado um homem de braços abertos que me ofereceu vida e me disse: "Morri por você, ressuscitei, estava aqui te esperando para te dar vida eterna". Desde então tudo mudou. Obrigado por conduzirem tantas almas à Cristo. Esta fotografia foi feita no deserto da Judéia, próximo ao Mar Morto. Como anunciou o profeta Isaías: o deserto floresceu. Vocês são essas flores no jardim da nossa existência.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Estou de volta

Desde que fiz a última postagem no blog muita coisa aconteceu. O ano velho morreu, o ano novo nasceu, tomei posse no novo mandato parlamentar. Fui a Brasiléia, Epitaciolândia e Plácido de Castro várias vezes rever meus familiares e amigos.

Um dos momentos mais doces foi no dia 24 de dezembro ter me reunido com toda a família na casa da minha irmã mais velha, a Ana Maria, em Brasiléia.

Como foi maravilhoso estar com Ana e Mário Gaia, Moreira e Beca, Nelson e Ana Leila (a nossa prefeita), Marcos e Neila, Ruth e Carlos Augusto, Damares e Miguel Faraht, Rachel e João Aníbal, além da penca de sobrinhos e sobrinhas, primas e primos. Foi lindo. O projeto de Deus é família.

Na mesma noite eu e Lúcia estivemos também com minha sogra, a dona Nazinha Hassem, filhos e filha, e com a família da Leila. É gente que não acaba . O ano de 2008 deixou saudades.

Na virada do ano não poderia ser diferente. Passamos no Ginásio do Sesi com a família Renovada sob as bênças de Deus ministradas pelo nosso casal de apóstolos Afif Arão e Dayse Costa. Antes da meia noite dei um pulo no aeroporto para pegar o meu filho Milton Neto, que vinha de São Paulo.

Como foi bom abraçá-lo, beijá-lo e cheirá-lo depois de um ano. Ele e o irmão Ivan trabalham e estudam em São Paulo. O Ivan não pode vir. Conseguiu um novo emprego no TJ e teve que ficar. Os dois estão ralando muito. Já disse a eles que é preciso pagar o preço.

Bom também foi ver os demais filhos, noras e netos em casa. É menino para todos os lados. A casa está cheia. Fico feliz quando eles estão aqui. Se misturam todos com os discípulos e discipulas da igreja que frequentam nossa casa.

Tenho acompanhado as notícias através dos jornais e da Internet. Muita matéria superficial e muita fofoca também. A crise mundial...que crise? A propósito, para se vencer uma crise é preciso fé, altar e memorial (em Deus). Tenho orado pela paz em Gaza (estive lá na fronteira). Minha total solidariedade ao povo palestino, meu apoio incondicional a Israel na luta contra o grupo terrorista Hamás, financiado pela Síria e pelo Irã.

Atualmente estou em casa de molho, com uma virose braba. Febre alta, dores musculares, dor de cabeça, cansaço (moleza mesmo). Até tentei sair de casa para resolver uns assuntos, mas voltei correndo e...cama!

Prometo continuar postando no blog com frequência e, a pedidos, escrever sobre política.